segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Pensamentos

Passei a madrugada avaliando meus pensamentos e minhas condições para o ano que se aproxima...descobri em mim uma força da qual eu não fazia idéia...olhei para trás muitas vezes mas talvez pela primeira vez em meses eu dei alguns bons passos. Pensei no que R. me disse, caminhei e olhei para a vida de uma maneira inesperada e como se ela de fato não me pertencesse...chorei.
Talvez meu amigo tenha razão...mas ainda preciso pensar um pouco mais. Busco meus passos na minha própria sombra e me perco nas razões que não encontro para seguir o caminho.

domingo, 28 de dezembro de 2008

P.

Tudo parece tão fora do lugar que me assusta quando paro pra observar. Tento achar as razões que me fazem caminhar mas tudo se perde entre meus dedos antes que eu consiga ver.
Para quem está de fora e até para quem está de dentro essa sensação soa dramática demais, mas não é. Busco a cada segundo um novo rumo e uma só justificativa para manter-me de pé. Cada vez mais é comum que eu não ache nada.
Tropeço nos meus próprios passos, ando em círculos, me sinto presa em um labirinto e por vontade me entrego a fraqueza do meu corpo...a minha volta as pessoas não se dão o trabalho de notar que talvez eu esteja me despedindo delas...tento me apegar a detalhes mas acabo vendo que eles são tão pequeninos que não valem a pena...os dias passam.
Acredito já ter tomado minha decisão...só não sei ainda quando e nem como a colocarei em prática...partir será só o primeiro passo. Eles não vão sofrer...tenho certeza de que eu sentirei muito mais do que todos, eles sim são importantes pra mim...
Gosto dessa sensação do vento passando pelo meu corpo querendo invadir a minha alma...sinto-me flutuar e a dor parece passar.
Ando de novo com a minha solidão...J. está no seu momento feliz e sei que vai ser importante pra ela...gosto e desejo tudo de bom para minha irmã querida que mesmo sem me entender quase sempre, é quem mais me entende.
Não foram só as idéias de doze anos atrás que voltaram a caminhar lado a lado comigo...o medo e uma certa angústia me seguem agora...entrego-me as lágrimas e deixo o cansaço me vencer e assim fazer o sono ser pesado e intenso...plenamente fora do mundo que me cerca sou muito feliz...nos meus sonhos tudo é possível...não sinto dor.
Infantilidade ou loucura, não sei...só sei do que não consigo mais suportar.
Acho que não haverá despedidas, nunca fui boa para isso e sempre deixo coisas para trás...a vida segue seu curso e não posso fazer as pessoas pararem por nada que sejam apenas tolices de uma pessoa completamente sem sentido.
Agora parece que não vejo mais a linha do horizonte, tudo se perdeu quando ...
Desta forma resgato sem desespero ou tristeza a minha idéia de tantos anos atrás. Julgo que a coragem que faltou daquela vez, está em mim agora...será rápido, eu acho...
Me sinto cansada.
Os dias começam e acabam e eu não os percebo.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal

Hoje eu só queria um presente, um único desejo...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O fim da burrice bonita

O tempo está fechado e as nuvens choram fortemente...em dias como hoje o que me resta na vida é escrever, talvez contar para os meus papeis planos que eu jamais alcançarei. Por mais que me digam que tenho que seguir em frente, hoje essa não é minha vontade, sempre é mais fácil pra quem está de fora.
Eu desejei, eu brinquei, eu sorri, eu quis, eu amei (ou amo), mas é preciso deixar ir, é preciso enterrar os mortos e deixá-los descansar. Sem direito a despedidas eu fui tomada por uma sentença que não coube a mim questionar, ou melhor, eu não tive o direito de questionar. Aceitei minha pena...ironicamente crime e castigo, eu disse isso nas primeiras mensagens que trocamos.
Percebi nesta tarde o quão frágil eu sou diante dos problemas que não sei resolver.
Buscando um novo caminho, me deparei com uma idéia antiga e arquivada mas que agora parece fazer muito mais sentido do que há precisamente doze anos atrás. A questão já não me assusta...sentiria apenas pelas pessoas que deixarei do lado de fora e pelo amor ao meu trabalho, algo tão difícil de conquistar.
Em meus passos já não vejo mais aquela menina...mas em mim encontro uma decisão que ainda precisa ser amadurecida, mas talvez seja a mais acertada.
Preciso encontrar uma paz pela qual meu corpo e minha alma procuram agora...me sinto cansada.
As vezes parece loucura mas cada vez mais encontro razões.
A cabeça dói...os pés não respondem aos passos...partir...esse é novo rumo, a nova história.
Faria parte desta mudança, dilacerar este espaço, mas sem nostalgia é a única forma de memória do que fiz e do que fui...embora não haja porque manter lembranças, será sempre uma forma de olhar pra trás. J. cuidará disso pra mim...esquecer-me de mim...escrever sem dor.
Quando a última esperança acaba, sabemos que chegou ao final. Eu demorei muito pra olhar e enxergar, pra ouvir e escutar. Não compreendi, mas aceitei...forçadamente meu corpo parou, não abri os olhos, senti as lágrimas chegarem a boca, o gosto não era amargo pois não há nada de ruim no sentimento que me faz chorar...lembranças do que fomos, planos que nunca cumprimos, desejos que não se realizaram...como quem arruma uma mala para uma viagem rápida, vou levar apenas o necessário para sobreviver a mim. Não é a falta que se faz presente, são os gestos que se fazem ausentes.
Não há o que reclamar...não há o que questionar...passo pela vida...abandono a última esperança...a tal burrice bonita.

Presente da Lia

Em dias em que quero fugir, lembro que tem alguns grandes motivos pra querer ficar...meus amigos...
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado em fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim. Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa... Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, ta assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! (Arnaldo Jabor)

Deixar assim...sou um jardim e não a borboleta

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as delas. Temos que nos bastar… nos bastar sempre equando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente, a gostar de quem gosta de você. “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você.”No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”
********Mario Quintana********

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Carinho

Oi , É muito gratificante receber o reconhecimento de uma aluna tão dedicada como você foi. Obrigado.
Arquitetura é uma das mais fascinantes profissões mas, infelizmente, pouco compreendida.
Bom ver alguém tão jovem e tão dedicada a ela.
Um abraço e boa sorte.
Antonio

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma noite

A noite estava fria e a cidade fazia-se mais brilhante...da janela do carro parecíamos crianças a descobrir o mundo novo que se abria bem a frente dos nossos olhos...
Observando tanta magia e sedução pelo espírito do Natal que toma conta de todos, eu fechei os meus olhos e lágrimas rolaram no rosto...eu pensei em meu pedido de Natal e desejei imensamente que ele fosse atendido como uma criança que espera por sua bicicleta...eu não desejei uma boneca, não desejei uma bicicleta e muito menos pedi nada parecido com o ano passado... E como uma criança eu me apegava a uma esperança inexistente em ganhar o que eu saberia jamais ser possível.
Porque as coisas são assim? Cansei das minhas perguntas.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Presente pra o fim de semana

If I was young, I'd flee this town
I'd bury my dreams underground
As did I, we drink to die, we drink tonight
Far from home, elephant gun
Let's take them down one by one
We'll lay it down, it's not been found, it's not around
Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down
Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down
And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the night
And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all that i hide
Elephant Gun

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sempre

As coisas não estão no lugar e essa manhã chorei muito com a Cris, mas de certo modo uma paz tomou o meu dia de hoje.
Acho que pela primeira vez em dois meses, eu não tropecei no buraco, contornei ele enquanto secava minhas lágrimas...dor...A vida ensina a sofrer dosadamente com esses dias.
Depois de muitos dias, hoje foi o primeiro que respirei sem ajuda. Uma força que eu não sei de onde me move, o desejo me consome...
O amor é algo que precisa de ar, que precisa crescer, que precisa ser regado diariamente, precisa de prazer...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Frases soltas...

"Uma presença que não me deixa esquecer a falta"..."O mundo pareceu menos assustador porque você existe"...
As frases da Cris sempre me deixam pensativa, ela diz e a gente absorve pra vida.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Arrebatador

"apaixonar-se por um amigo é arrebatador. De repente você olha para o lado e descobre o que o coração já sabia havia muito tempo." Cris Guerra

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Para

Para Francisco
Para Cris
Para J.
Para mim

Para Francisco por quem a gente apenas deseja sorte e que consuma esse amor infinito, belo e esplêndido que surgiu de uma dor. Sua presença não era física mas todos os presentes estavam presentes por ele também.
Para Cris, por quem a gente lê pelo avesso, que tornou sua dor pública na intenção de dar a Francisco todo o seu amor e suas lembranças. A menina moça das tatuagens que agora assume apenas o papel de mãe e resgata para ele toda uma vida da qual Francisco não teve o prazer de vivenciar.
Para J. pela maravilhosa companhia de irmã de sempre e por me revelar pela primeira vez Francisco pelos olhos de Cris.
Para mim que me escondo no anexo.
Escorada pelas minhas lembranças, as vezes desejo perder a memória. Minha dor é infinitamente menor que a dor da Cris, mas é uma dor tão grande que fico imaginando que eu no seu lugar não suportaria de fato.
Que sorte tem o pequeno Francisco em te-la como mãe. Que sorte tenho eu de ter J. como irmã.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um dia qualquer

As árvores balançam pelo vento forte e gelado que percorre a cidade, embora muitas estejam secas e sem folhas, elas lutam contra o ar que parece querer quebrá-las...
Agora estou diante da minha janela, ainda não saí para conhecer a cidade, estou descansando um pouco da longa viagem de trem.
Me despedi de Samuel ao desembarcar na Rússia e agora devo encontrar Sophie.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Eu e Samuel

O dia está chuvoso e cinza, faz frio...No trem até a Rússia conheci Samuel, algo me chamou atenção na história que ele me contou...estamos perdidos...ele enlouquece e eu sofro.
Samuel falava sem parar...enquanto ele me descrevia em detalhes seu amor intenso, louco e seu desejo camuflado pela sua falta de memória, eu me recordava com saudade dos meus momentos em Barcelona, Paris, Tókio, Alemanha
Eu o ouvia...sua confusão era intensa, plena, mas muito intrigante. Pensava Eu partiria na tentativa de sofrer menos, de que sua falta doesse menos. Procurei dormir...em meus sonhos eu voltava a todos os lugares por onde tenho passado, e em Lima onde o vi pela primeira vez, chegaríamos ao fim de nossa longa jornada...estávamos muito felizes.
Acordo com o frio que agora é devastador...é quase dezembro e a paisagem é branca e cinza, o vento é gelado e parece querer congelar até a alma. Muitas pessoas agora dormem, inclusive Samuel.
Vou pegar mais uma blusa em minha maleta. Respirei fundo...Fechei a bolsa...voltei a sentar-me, da janela a imagem continuava bucólica e pálida. Samuel dormia como uma criança e eu deixava meus pensamentos partirem em uma busca constante por uma razão, apenas uma razão, uma resposta que nunca virá.
Fecho os olhos e volto a dormir. No meu mundo particular no qual posso fugir a qualquer hora, estarei protegida...embora fechados, os olhos não me permitem segurar as lágrimas...elas escorrem pela face e embalam meus sonhos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Partida

Deixei a China esta manhã me sentindo muito orgulhosa de Adeline Yen, a bebezinha chinesa que eu encontrei torno-se uma mulher firme e forte apesar de tanta dor e sofrimento.
No meu caminho que ainda não sei onde irá me levar vejo que tudo passa tão depressa que me assusta.
As vezes me confundo onde estou...procuro motivos que não existem pra continuar em pé...eu estava naquela mesa, tomava uma bebida que me deixava menos gelada, sorria para meus amigos de longa data, ouvia suas histórias, eu deveria me sentir feliz mas ao contrário disso me senti triste...olhei minhas queridas amigas que contavam seus planos para o futuro e por um instante me senti sem esse futuro. Olhei para mim e percebi que nos dez anos que se passaram eu praticamente em nada mudei...continuo a mesma menina que procura uma razão pra continuar viva.
Em meus altos e baixos, deixo a minha emoção falar sempre mais forte e me entrego as lágrimas sem ter vergonha

domingo, 9 de novembro de 2008

プ リ シ ラ

Por instantes penso porque as coisas são como são, não chego há nenhuma resposta e todos os dias me levanto colocando para mim que preciso encontrar um novo rumo, uma nova direção...não me permitindo continuar assim...Ainda esta semana deixarei a China e também me despeço de Adeline Yen, minha mais recente amiga e companheira.
Lá fora uma chuva típica de verão molha a paisagem como se fosse lavar a alma das pessoas...
Fecho os olhos, ouço a chuva
Desperto...Adeline me olha assustada, passa a mão pelos meus cabelos e me diz que tudo passou, foi apenas um delírio provocado pela febre muito alta.
Ela não irá entender porque eu estou chorando...mas sabe que em breve eu a deixarei e me responde já estou com saudades Yuki...
Adeline ficará no anexo com Ricardo, Liesel e meus outros grandes amigos. Xin ru si hui, estou deixando a China.

sábado, 1 de novembro de 2008

China

Cheguei a Xangai pelos olhos de Adeline, sua história me envolve, me fascina, me encanta, me atormenta...queria poder salva-la mas tenho que percorrer as páginas na busca por sua salvação.
Existem dias em que me levanto e preciso pensar que é necessário sair da cama, as pessoas vão te machucar sempre, a menos que você não deixe que elas cheguem perto de você.
Caminho com Adeline buscando um novo sentido...
A distância me tortura e a incerteza que cerca meus passos me consome...
Be my last...
Queria contar sobre esses dias em Xangai, Taijim, falar de Adeline...contar meus mais novos planos, minhas novas propriedades, meus novos desejos...
O que eu ouço, o que eu escrevo, o que eu leio, o que eu desenho, o que eu quero, o que eu desejo...
Eu continuo adorando e Adeline já sabe disso.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Esta manhã

Abri os olhos e sem querer acreditar vi que o relógio já marcava 5h40...as pálpebras pesavam e não restava dúvidas, o remédio ainda surtia efeito.
Fechei-os novamente...voltei a abri-los quando a doce música de Bjork me despertou para um novo começo. Era preciso ficar de pé, abrir a porta e sair do meu mundo protegido, meus medos e receios teriam que ficar.
Levantei, olhei e tive vontade de contar as gotas de água que saiam do chuveiro, mas desisti.
Me vesti basicamente e saí para o que seria o meu novo dia.
Assim mais um dia começava e eu tentava me concentrar no que Adeline me dizia...sua história me emociona, me tira do eixo, me entristece, mas não posso mais abandona-la.
Se eu pudesse queria te contar sobre minhas mais novas aquisições...três.
Essa manhã ao arrumar minhas coisas no escritório...olhei na estante, senti falta de Ricardo mas tenho certeza de que L. está cuidando bem dele e por um instante tive vontade de visitar um romance russo, mas achei que Adeline ficaria chateada e também desisti da idéia.
Mal posso esperar pelo meu primeiro amor, meninos da rua paulo e história do pranto...ah! quantas emoções.
Hoje as coisas se fundem na minha cabeça, a vontade de falar com F. só aumenta, mas...
O dia passa e o meu corpo vai saindo lentamente do topor provocado pelos remédios...nos meus braços duas picadinhas vermelhas ainda estão doloridas...vai passar...tudo sempre acaba;

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alergia e pensamentos

Eu quis mas não consegui...este lugar significa muito para mim, não seria justo deixar Yuki morrer assim, segui os conselhos de L., não vou mudar, simplesmente porque não posso mudar.
Sou assim...
Já fazia tempo que não tinha uma grande crise, mas ontem após Cinzas do Passado eu estava lá, a respiração era fraca, o ar era pouco, o corpo avermelhado e a pele claramente irritada, os olhos, a boca, a língua e a garganta tudo começava a se fechar...fui perdendo a noção...
Cheguei ao hospital por volta de meia noite e meia, fazia frio e uma chuva fina molhava o tempo...entrei...minha mãe já fazia olhos de desespero por saber que eu precisava de algo rápido [ela sempre faz olhos de desespero quando eu me calo]...o médico não era dos melhores e de certo modo duvidava daquele estado...até que o oxigênio entrava pelo meu corpo e ia liberando o que tanto me dá agonia quando falta...ar, apenas ar.
Uma grossa agulha atingia meu braço e um líquido esverdeado começava a correr pelas minhas veias e eu alí pensava em tudo que eu tinha deixado de dizer, caso algo mais grave acontecesse...vieram as crises...a pele irritada parecia que ia ser arrancada do corpo...a inalação que deixava meu coração acelerado não era suficiente para melhorar o fechamento da garganta...outra agulha, desta vez um pouco mais fina levava um líquido quase transparente para dentro do meu corpo...eu fui ficando fraca e os olhos pesavam mais do que eu poderia suportar para mante-los abertos...minha mãe falava comigo mas eu não tinha muitas forças para responde-la...tudo foi se apagando e um sono absurdo tomava conta de mim.
Lembrei-me do filme que dizia que a raiz dos problemas está na memória...adormeci até as 14h do dia de hoje...em um sono profundo tantas imagens passaram pela minha cabeça. Foram apenas sonhos.
Estou decidida e não vou mudar de opinião...essa sou eu, apenas eu...Yuki.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Urbano

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

*****

Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep dust
Melt me down
Into big black armor
Leave no trace of grace
Just in your honor
Lower me down
To culprit south
Make'em wash a space in town
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleeping
Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the later parade
Once I wanted to be the greatest
Two fists of solid rock
With brains that could explain
Any feeling
Lower me down
Pin me in
Secure the grounds
For the lead
And the dregs of my bed
I've been sleeping
For the later parade
Once I wanted to be the greatest
No wind or waterfall could stall me
And then came the rush of the flood
Stars of night turned deep to dust

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Na pontinha dos pés

O elevador me deu um certo frio na barriga como da primeira vez que estive lá...26 andares me separavam da rua...uma imagem tipicamente urbana da cidade me encantava de estar alí, o sol está brilhante mas gelado, ventava...
Senti o vento passando por entre meu corpo e a paisagem me deixava inebriada de magia, é como se toda a minha dor tivesse ficado lá em baixo, apenas a tristeza me acompanhava.
Lá em baixo as pessoas passavam e jamais poderiam imaginar o que se passava pela minha cabeça, eu observava a vida agitada mas pela distância se tornava uma vida completamente muda, minhas mãos estavam geladas mas eu não estou com frio, o vento fica mais forte...subo na paredinha e fico na pontinha dos pés, sinto meu corpo meio tremulo, mas não sinto medo...
Fiquei lá pensando e minha covardia me convenceu a descer...uma completa derrota para a minha força.
Eu só queria me livrar da dor, dessa agonia que me consome, dessa tristeza que não tem mais nome.
Ah! ouço minha própria respiração, volto a subir na muretinha e não dou tempo para os pensamentos, me atiro no nada, na cabeça só a paisagem urbana que diz muito sobre mim me ocupa a visão...
Não sinto mais dor, vejo vagamente as pessoas que circulam a minha volta , eu não ouço o que elas dizem, a imagem vai ficando cinza e bucólica, de certo modo me encanta...sinto algo escorrer pela minha garganta mas não consigo engolir, tenho vontade de sorrir para o que vejo mas nada no meu corpo me obedece mais...
Fecho os olhos lentamente, nada mais dói e tudo fica apenas como uma imagem melancólica.
Minha caneta tinha pouca tinta e não pude completar a história...tudo desapareceu.

Nada mais a perder

A tristeza que me abate agora também me faz refletir na minha existência tão insignificante... hoje meus pés não conseguem tocar o chão, mas não por felicidade e sim porque me sinto cada vez menos pertencente a essa vida.
Ah! que coragem é essa que eu não tenho??
Vejo a paisagem que daqui de cima é tão linda e me pergunto porque não apenas guardar essa última imagem?? porque não deixar meu corpo flutuar no ar e não sentir dor nunca mais??
Percebo então que minha covardia vai além dos meus pensamentos...me sinto fraca e abandono meu plano de fugir para sempre de mim mesma.
Essa semana estou no anexo...
Posso sorrir, fingir estar bem e feliz e me recolher para cuidar dos meus machucados, que em dias como o de hoje estão abertos ao extremo e a dor me deixa confusa e me intriga com perguntas do tipo porque continuar se não há nada mais a perder? porque insistir em uma vida assim? porque suportar tanto sofrimento?
Perguntas que não tem nenhuma resposta, não há um porque, somente uma ilusão de que tudo irá passar.
O vazio agora toma conta por completo da minha vida, não há planos, não há ideais...deixo as coisas acontecerem, deixo fazer o que quiserem, sou um brinquedinho na mão das pessoas, elas me machucam, me matam aos poucos e sabem exatamente onde me ferir, como chegar ao meu ponto fraco e assim me destruir lentamente, talvez isso traga a elas algum prazer ou seja um teste...até onde consigo me levantar e caminhar novamente? até quando vou juntar os cacos da minha vida??
Jurei a mim mesma que nunca mais...quanto mais eu junto os pedaços, mais me corto com a porcelana fina que agora destruída não é capaz de ter nenhum valor, absolutamente nada.
Meus olhos agora me pregam uma peça e não me permitem mais conseguir escrever nem mesmo mais umas linhas, estão embaçados pela quantidade de lágrimas retidas...vou sair...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Abismo

A vista lá de cima era linda e encantadora, prazerosamente eu estava no "topo do mundo", eu olhava os pássaros ao meu lado e pensava se eles podem porque eu não posso?...pensei em meus pais, em meus queridos irmãos, nos meu pouquíssimos amigos e na frase de yumi sempre tão correta..."viva sem que sua presença seja notada"...ah! quanta sabedoria...assim senti o vento que agora passava pelo meu corpo e me deixava parecer flutuar, não mais de alegria como há um tempo atrás mas sim de vazio e tristeza...
Essa tristeza tão insuportavelmente avassaladora e que toma conta de tudo a minha volta...devora meus pensamentos, invade minha rotina e simplesmente como pó deixa toda a minha vida...eu queria apenas me livrar da dor.
Não entendam-me errado nunca, mas como eu sempre digo as vezes parece que a dor é algo que não iremos suportar e livrar-se dela é apenas um ato de desespero...não há culpados e nem errados...somente seres inundados por essa dor que consome e que é mais forte do que tudo que nos envolve; com esse pensamento me lancei...senti o vento passar por mim, lembrei-me de meus primeiros passos ainda quando criança, senti saudades de uma época em que eu não pensava tanto, lembrei-me com doçura de todo o meu sacrifício na busca por meus objetivos, nas poucas mas sinceras tentativas de deixar felizes aqueles que me rodeavam...e nas inúmeras falhas que eles suportaram...e por último antes da grande dor física que meu corpo sentiria, me recordei das coisas doces e boas que vivemos...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Presente de J.

As vezes me assusto como minha amada irmã parece adivinhar que preciso de presentinhos que me permitam pensar mais em algumas coisas...

Fúria

chega um dia que o concreto cansa,
o aço depõe suas armas, dissipa os vidros,
desatam-se os nós impotentes da madeira,
cordas, cabos, correntes desistem da tarefa,
o plástico não se lembra de suas obrigações,
o mármore dobra sob nossos pés e levamos
a ponte pouco a pouco em nossos pulmões.
um dia, é a cidade inteira que se aconchega,
maligna, no vão livre de suas costelas.

Tarso M.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Meu pratinho de porcelana

Eu era apenas uma criança, quando ganhei meu pratinho de porcelana, ele era lindo, branco e com umas rosinhas...minha mãe estava doente e passava mal com muita frequência, pela pouca idade eu não conseguia saber exato o que era, mas sabia que seu coração não andava bem.
Era uma tarde e eu sem saber porque ela não estava me distraia com minhas bonecas, meu mundo encantado e o qual o pratinho de porcelana tinha uma função super importante além de fazer parte da brincadeira...eu brincava na escada, falava com meus amigos imaginários e carregava uma bolsa laranja...não me lembro ao certo o que aconteceu, mas em um momento de fúria meu irmão irritado atirou a bolsa escada abaixo...o pratinho de porcelana espatifou em mil pedacinhos...chorei...por mais que eu não soubesse explicar, tinha sido uma separação...aquele pratinho tinha muita importância pra mim e era como um elo entre eu e minha mãe e que agora estava estilhaçado.
Isto aconteceu há muitos anos, e hoje eu percebo quantos pratinhos de porcelana foram espatifados ao longo da minha vida.

Baby's romance

The baby's sleeping in the crib up top
And baby's sleeping above you
You will lift him to the parking lot
Your car is waiting there for you
Your car is waiting there for you
I would like to see a little more propriety,
Cooperate with me and answer me
Without a plea.
I know now, I know now, I know now,
I'm never gonna tell on you.
I know now, I know now, I know now,
I'm never gonna tell on you.
The whiskey's waiting on the firetop,
The baby's going to drink too.
The lady's got no clothes she's at the shop.
But if she'd knew then she'd kill you.
The bugs are out cause they come out at night,
Usually they just bite our hands.
Cause normally we have clothes on without a fight,
But now fighting's a part of baby's romance.
But now fighting's a part of baby's romance.
I would like to see a little more propriety,
Cooperate with me and answer me
Without a plea.
I know now, I know now, I know now,
I'm gonna tell on you.
I know now, I know now, I know now,
I'm never gonna tell on you.
Baby sleeps I can scrape your flower pots.
And baby's sleeping against you.
I think he'd pray for an old motor car.
Or any bed made without you.
Or any bed made without you.
I would like to see a little more propriety,
Cooperate with me and answer me
Without a plea.
I would like to see a little more propriety,
Cooperate with me and answer me
Without a plea.

domingo, 5 de outubro de 2008

Apenas uma frase roubada

"Amigos são anjos que nos deixam de pé, quando nossas asas não se lembram de como voar".

Coração em Cinzas


Ainda não cheguei ao meu destino e sinto uma certa saudade de Barcelona, mas essa saudade não é maior do que a que senti de Paris e do Perú onde fui tão plena pelas mãos de Ricardo.


O balançar do trem e o ritmo dos outros passageiros me faz ficar inerte com meus pensamentos, tudo roda e eu não sei onde ao certo vou chegar, só sei do que não quero.
Agora chove e minha vontade era estar do lado de fora deste vagão, lavar meu corpo, deixar a alma sentir que de certo modo acabou...Os outros passageiros olham pra mim, sem compreender porque estou chorando...
Tudo gira lentamente, mas meu corpo não consegue acompanhar os movimentos, me sinto perdida e me surpreendo com o que eu não achei que aconteceria, não consigo explicar esse grande vazio.

sábado, 4 de outubro de 2008

Nada

Me despedi de Andrea essa noite, partimos de Barcelona quando a manhã ainda dava seus primeiros sinais...deixaríamos para trás a loucura da vida na rua Aribau e uma cidade de muitos caminhos.
Andrea caminhava para a nova vida em Madrid e eu rumo ao Oriente, o calor era intenso e não conseguíamos dormir na ansiedade da nova vida.
Guardarei as boas lembranças desse lugar na visão de Andrea e de toda a sua história. Os cafés não tomados, o calor, a chuva, a banheira e os banhos gelados no inverno, a fome e a beleza tortuosa da cidade...iluminada pelo sol escaldante do verão ou pálida e triste pelo inverno...
Há uma saudade que não se dá pra explicar, como se a vida não tivesse o mesmo sentindo sem ter passado por alí, uma forma de machucar para se aprender ou apenas uma forma de se aprender machucando, doendo, roendo, dilacerando, partindo, amando e desejando com a mesma intensidade.
Deixo para trás Ena, Glória, Roman, Juan e Andrea...mas levo comigo um pouco de cada um...maldade, inocência, paixão, desejo, amor, felicidade, desespero...
Batidas na porta indicam que nosso carro nos espera, carregamos as malas por aquela escada que subimos há um ano atrás com todos os sonhos e vontades naquele novo lugar...contamos os degraus ao descer e constatamos que pouco mais de vinte era o que nos separariam para sempre da rua Aribau...Andrea entrou no carro de Ena e acenou para mim pela última vez...estava magérrima e vestia-se com seu vestido preto de verão, o calor já era intenso...foi doloroso, cansativo mas de uma certa beleza...chegamos ao nada e mais tarde veríamos toda a importância desse nada.
Yuki bem vinda a China.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Não me faça chorar...por favor

O dia amanheceu frio, mas uma frestinha da porta mostrava que o sol estaria belo e pleno do lado de fora. Eu tinha preguiça, mas era necessário ficar de pé, o sono me deixava com ar de criança manhosa e eu pensava que como uma criança, tudo o que eu queria era dormir mais uns minutos...não era assim.
Levantei, abri o chuveiro e tirei a roupa que me aquecia, a água estava bem quentinha e os olhos insistiam em querer se fechar. A água brilhava iluminada pelo sol sobre a minha pele, lembrei-me do nosso assunto de sexta...deixei a espuma do sabonete desliza pelo meu corpo perfumando os meus poros com cheirinho de bebê.
Sinto meus passos vazios e meu corpo gelado como nunca...

I walk a lonely roadThe only one that I have ever knownDon't know where it goesBut it's home to me and I walk aloneI walk this empty streetOn the boulevard of broken dreamsWhere the city sleepsAnd I'm the only one and I walk aloneI walk alone I walk aloneI walk alone I walk aloneMy shadow's the only one that walks beside meMy shallow heart is the only thing that's beatingSometimes I wish someone out there will find meTill then I walk alone walking down the lineThat divides me somewhere in my mindOn the border line of the edgeAnd where I walk aloneRead between the lines of what'sFucked up and everythings all rightCheck my vital signs to know I'm still aliveAnd I walk aloneI walk alone I walk aloneI walk alone I walk alone My shadow's the only one that walks beside meMy shallow heart is the only thing that's beatingSometimes I wish someone out there will find meTill then I walk aloneah-I walk aloneI walk this empty streetOn the Boulevard of broken dreamsWhen the city sleepsAnd I'm the only one and I walk alone My shadow's the only one that walks beside meMy shallow heart is the only thing that's beatingSometimes I wish someone out there will find meTill then I walk alone

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Barcelona

Voltei a Barcelona esta manhã, o clima era de inverno quando abri os olhos e me deparei com a cidade gelada e chuvosa, em um clima de paz que me fazia bem. A imagem era entristecida e em um tom acinzentado mas não me incomodava.
Pelo vidro eu olhava a paisagem bucólica, melancólica que embalava minha conversa com Andrea, que acabava de descobri o segredo de Romam.

sábado, 20 de setembro de 2008

Uma noite fria

Cheguei a Londres e a madrugada já se aproximava, o frio era intenso, minha pele queimava pelo vento e eu me encantava a cada passo com a cidade que se abria a minha frente.
As luzes eram plenas e brilhantes, o movimento alucinógeno...meu coração batia tão forte que achei que não fosse suportar, o cheiro de cigarro impregnava tudo assim que entrei. O lugar era quente e eu já não precisava de casaco para me proteger, mas me recuperei quando tomei o primeiro gole...a bebida era quente, o gosto da fruta disfarçava a potência do álcool, senti as maçãs do rosto esquentarem, por um instante senti saudades de Ricardo e toda a sua ternura [acho que cheguei a desejar sua presença], suas breguices sinceras, seus devaneios que me faziam tanto bem.
Eu sentia meu corpo envolvido por uma espécie de alegria que não me deixava pensar.
Hoje estou só, apenas eu...Fechei os olhos ao tomar o último gole que aquele copo me oferecia.
Queria dividir a ansiedade daquelas descobertas. Parei pra pensar e meus olhos se encheram de lágrimas.
Eu não estava triste, mas também não me sentia feliz. As horas passavam, as pessoas falavam e minha cabeça rodava.
Pelo vidro do carro eu observava a cidade que despertava para a vida noturna...deixei Andrea.
Caminhei no escuro por um longo tempo, desejando desaparecer para não sofrer, as lágrimas me venceram, mas não deixariam marcas que pudessem ser vistas pelas pessoas que não presenciaram a luta.
Eu sorria e eles acreditavam que eu estava bem, eu me afogava nos meus pensamentos que me levavam pra longe.
As ruas se revelam, a vida parece caminhar, mas eu não encontro um lugar.
O dia amanheceu triste e nublado, uma chuva fina cai e um arrepio percorre meu corpo. Olho pela janela, fico pensando, sinto vontade de chorar, as árvores estão tristes e não balançam, meu corpo está inerte e gelado, meu olhos perdidos no nada, minha boca está seca, mas não sinto sede.
Tudo parou e eu não sei onde estou...me sinto fraca e não consigo ver onde errei o caminho.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Luxúria

A cidade amanheceu completamente iluminada pelo sol e pelo céu azul claro que banhava a paisagem bucólica e gelada do inverno, as árvores sorriam e dançavam ao vento que queimava a minha pele, senti um arrepio percorrer o meu corpo e uma tristeza por saber que seria um dia sem você.
Caminhei com Andrea e contei a ela meu doce pecado, a luxúria me toma.
Andrea me carrega por entre as ruas, as pessoas falam sem parar, tudo se movimenta tão rápido e eu me envolvo cada vez mais no topor que toma conta do meu corpo.
Hoje queria ficar debaixo do sol para me aquecer, minhas mãos estão geladas, minha pele clara sob sol.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Uma noite de inverno

No relógio já passava bem das dezoito horas, o prédio estava praticamente vazio e as poucas pessoas que ainda restavam faziam pouco barulho.
Abri a porta (que nesta hora já está fechada) grande e pesada, por vezes juro que ela vai me derrubar com toda a sua imponência denunciando assim a idade que o prédio carrega. Lá fora a garoa fina e gelada que voltava deixava as luzes mais amareladas e o centro com um ar muito mais romântico do que o de costume, mas estava simplesmente deslumbrante.
Caminhei pela calçada cruzando com os transeuntes que ainda permaneciam por alí e a minha felicidade me fazia ver bela aquela paisagem bucólica e levemente entristecida.
Tenho andado por Barcelona e Andrea me mostra suas descobertas e o vazio com que as vezes se perde no nada. Estou tomada por All is full of love, ouço meus passos, me perco nos meus sonhos e me pergunto se é real.
Mas não paro pra pensar, me atiro no abismo e sinto um frio percorrer minhas costas.

;)

Uma chuvinha fina e gelada cobria o dia ao amanhecer, as cobertas me abraçavam e assim eu queria ficar o dia todo, mas infelizmente tive que abandonar meu mimo infantil e despertar para o dia comum que amanhecia.
Deixei a água cair sobre meu corpo e senti uma saudade de Buenos Aires...do frio gostoso daquela cidade que tanto me encantou.
Porém a paisagem bucólica não me deixa triste, ao contrário, até gosto um pouco deste ar mais melancólico do tempo e nos últimos dias pouco importa se faz sol ou chuva.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Para os anjos

You'll be given love
You'll be taken care of
You'll be given love
You have to trust it
Maybe not from the sources
You have poured yours
Maybe not from the directions
You are staring at
Twist your head around
It's all around you
All is full of love
All around you
All is full of love
You just aint receiving
All is full of love
Your phone is off the hook
All is full of love
Your doors are all shut
All is full of love!
And be the lil'angel
** Icelandic part **
All is full of love, all is full of love
All is full of love, all is full of love ...

domingo, 31 de agosto de 2008

Assim

Tudo aconteceu meio que de repente, quando percebi estava tomada por aquela sensação de euforia e bem estar que me deixava com vontade de sorrir, tudo pareceu-me tão perfeito, tão no lugar, tão meu.
Ilusão??? se for não tem problema, está me fazendo bem. Amo seu sorriso, adoro ouvir sua voz e estar com você me deixa pensar nas coisas boas.
Estou feliz dizia ela sem que percebesse o que se passava a sua volta. A solidão não a incomodava até que ele chegou e tudo mudou de lugar e ao mesmo tempo foi para o seu devido lugar.
Ela sabia da necessidade que tinha de ser sua, de sentir sua pela, sua boca, sua alma. Agia sem perceber, sem pensar, sem imaginar as consequências.
Soube naquele dia que ia se perder pra sempre.
Andou por onde não poderia ser vista, mergulhou nos olhos daquele que tanto amou e assim entregou-se ao topor do seu amor.
Eu me apaixonei sem culpa, repetia ela para . Nada adiantaria, jamais iria conseguir esquecer tanto encanto e paixão.
Sentiu-se bela ao olhar e não vetou as lágrimas que molhavam seu rosto, inebriando sua boca do sal que delas recolhia.
Ao beija-la, ele também sabia que não mais pertenceria a ninguém além dela, dependeria para sempre dos desejos dela, da pele dela, da alma dela.
Sentiu-se morrer em seus braços, apenas pelos abraços.
Apertei-me junto a seu corpo e o mundo parou para o meu prazer. Apenas um instante e nada mais fazia sentido.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Bachelorette-Bjork

Hoje o dia amanheceu com uma paz da qual não sei explicar. A parte da manhã foi tomada por mais silêncio dos amantes e uma correria sem limites por um projeto. Mas aquela paz continuava permeando o dia com um ar de friozinho na barriga.
O dia foi passando e as idéias passando pela minha cabeça, tenho que confessar que nem todas as idéias eram totalmente ilesas de maldades e inocência.
Por mais que eu pense, tenho assumido algumas coisas sem medo de arriscar, de me jogar de cabeça, me atiro no abismo do sorriso que me fascina, dos olhos que me olham e que quando casado com a boca que serve de moldura para o sorriso, que me enlouquece em um misto de prazer e desejo.
Pra completar minha "alegria" ouvi Bjork para deixar meus pensamentos pouco pecaminosos ainda mais intrigantes.
Abri as portas para a minha vontade e fiz um caminho que há um ano eu não fazia. Não tive lembranças, eu estava alí apenas porque queria estar. Arrisquei, joguei e pela primeira vez na vida como foi bom jogar.
Não consegui pensar em mais nada...observei, escutei, vi e mais encantador impossível e para deixar um pouco mais os meus sentidos inebriados de sua presença marcante...ao segurar-me, pude sentir um pouco do seu calor. Minhas mãos sempre geladas puderam aquecer em uma transmissão frenética de sua pele.
Loucura?? Vaidade?? Desejo?? Desespero?? Prazer??
Plenamente tomei meu café, não olhei em volta. Partir para a vida e mergulhei como quem entra no mar sendo um nadador profissional. Não quero guardar as minha armas e me esconder, esta noite não voltarei para o anexo, esperarei o topor de meu corpo passar lentamente me fazendo lembrar cada detalhe.
O efeito do encanto ainda ecoa em meus passos...caminho pela sorte como quem anda no meio do nada, rodeada por borboletas minhas flores abrem, os passáros cantam e eu só consigo saber o como é bom estar com você.
Boa noite.......

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Tantas coisas

Estive ausente por esses dias, pois Mário e Júlia me ocuparam todo e qualquer instante livre. Andei por Miraflores e descobri mais coisas mágicas em Pedro, que de fato sua capacidade de inventar é algo muito interessante.
Acompanhei o casamento, a felicidade e o desejo que consumia Júlia e Mário. Munido de desejo e medo, Mário a beijava como uma criança que consome o doce predileto.
Nesses dias todos estive pensando na vida e em tudo que tem acontecido.
Caminhando pelas páginas loucas aprendi muito e desejei com todas as forças que meu amor fosse tão intenso quando o romance de meus amigos.
Há uns dias atrás parei pra rir um pouco e F. tem me feito esses favores de me fazer rir. Falávamos absurdos em Latin e comentei sobre o doce som que me faz gostar de alguns idiomas.
F. um sobrinho querido, emprestado e com idade pra ser mais que meu sobrinho mas muito querido.
Misturando as coisas estive pensando...a ausência de fato dói e muito. Absens
Houve uma citação de Mário que foi extremamente mágica e ainda mais hj dia 25, exatamente um ano de minha aventura, bocas unidas em um misto de saliva e prazer, mãos que se apertam, corpos imersos em fantasia e ânsia.
Abyssus abyssum invocat...F ria e me deixava mais contente com as minhas loucuras [preciso voltar ao mundo real pra não pensar no que não devo e cometer um grande erro afastando-o assim de mim].
Agora o silêncio toma conta do meu mundo. Estou imersa no silêncio dos amantes e nas histórias que abusam de meu poder sentimental e que ainda me deixam sem fôlego para consumir o restante de suas palavras.
Ainda estou com os sons de Mário, falando sobre seu doce e terno amor por Júlia. Oito anos duraria sua melhor aventura. Patrícia viria depois mas não seria estendeu-se a contar a sua história. Quem sabe em uma próxima vez?
Estou aflita. O dia de hoje está marcado por um dia belo e de sol faiscante, exatamente como naquele dia em que você chegou a minha porta e o sol emoldurou seu sorriso e o destino me guardava para aquele dia o meu melhor presente, antecipando meu aniversário a uma comemoração na qual nem em meus mais profundos sonhos, teria imaginado tal ousadia. Por mais que seja doloroso pela nossa distância, não posso esquecer o que houve, mas hoje são momentos que guardo com saudade, mas não com dependência.
Digamos que outros presentes eu desejaria pra hoje, presentes que nem sei se poderia desejar, mas fato é que adoraria ter com toda a minha vontade.
Mas, acho que não tenho o direito de querer...neste caso querer não significa ter.
Bom continuo amando o que tenho descoberto em Latin e o como são intensas as minha vontades.
Hoje estou nostálgica e com um vazio estranho...mas H. e F. tem me animado e me feito sorrir.
Continuarei essa semana contemplando o silêncio e me acostumando a ausência de Mário e Júlia.
Bem vindo aos amantes silenciosos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Para meu amigo...o que eu queria ouvir


Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?
'Cause I saw the end before we'd begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.
So I took what's mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.
You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
(repete)
I am a dreamer but when I wake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.
And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be
I've seen you cry, I've seen you smile.
I've watched you sleeping for a while.
I'd be the father of your child.
I'd spend a lifetime with you.
I know your fears and you know mine.
We've had our doubts but now we're fine,
And I love you, I swear that's true.
I cannot live without you.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
(repete)
And I still hold your hand in mine.
In mine when I'm asleep.
And I will bear my soul in time,
When I'm kneeling at your feet.
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.
(repete)
You have been the one for me.
I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Em Lima...

Deixei a minha tristeza para trás e partir para Lima com Mário e Júlia na tentativa de esquecer todos os absurdos que T. tem me dito.
Uma viagem emocionante e que tem ocupado meus pensamentos com esse amor proibido que se torna cada vez mais necessário e me lembra uma história do passado e ao mesmo tempo do presente.
Júlia é tia de Mário. Porém esse grau de parentesco é apenas uma forma cordial de se tratarem, esses laços não existem verdadeiramente e os alivia da culpa pelo sentimento que os une. Assim como R. e eu, nosso parentesco era uma forma carinhosa, mas que na realidade nunca existiu, e essa é a história do passado que eu me lembro ao caminhar pelas ruas de Miraflores com eles, essa também seria uma ótima história para Pedro em suas novelas dramáticas, dolorosas, com delírios doces e inocentes.
Júlia é uma mulher de 32 anos e Mário um garoto de 18, mas essa diferença não os impede de completar em um o que falta no outro. São amantes, amigos, namorados, personagens secretos de uma loucura para a época.
Desta maneira também me remete a outra história, só que de agora, de F. e P.
F. mais velha pouco tempo e P. um querido, fofo mas que a faz rir e observa-lo como quem quer proteger ou melhor como quem quer proteção e diferente de Júlia e Mário, P. nem mesmo sabe sobre o que se passa na cabeça de F., ela o queria mas sabe que isso não é possível existem agravantes neste caso.
Bom mas passear por uma Lima que eu ainda não conhecia tem me feito muito bem. Conheci novas pessoas e me deparei com este casal que tanto me encanta e que fico na expectativa de novidades sobre esse romance arrebatador e impulsivo, doce mas com certa malícia, inocente mas cheio de desejos.
Mário jamais poderia imaginar que seu coração bateria mais forte por aquela certa "tia" Júlia.
Felicidades...vamos a Lima.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Amor??

Amor mio
si estoy debajo del vaiven de tus piernas
si estoy hundido en un vaiven de caderas
esto es el cielo, es mi cielo
Amor Fugado
me tomas, me dejas, me exprimes y me tiras a un lado
te vas a otro cielo y regresas como los colibris
me tienes como un perro a tus pies
Otra ves mi boca insensata
vuelve a caer en tu piel
vuelve a mi tu boca y provoca
vuelvo a caer de tus pechos a tu par de pies
Labios compartidos
labios divididos mi amor
yo no puedo compartir tus labios
y comparto el engaño
y comparto mis dias y el dolor
ya no puedo compartir tus labios
oh amor oh amor compartido
Amor mutante
amigos con derecho y sin derecho de tenerte siempre
y siempre tengo que esperar paciente
el pedazo que me toca de ti
relampagos de alcohol
las voces solas lloran en el sol
mi boca en llamas torturada
me desnudas angel hada luego te vas
Otra ves mi boca insensata
vuelve a caer en tu piel de miel
vuelve a mi tu boca duele
vuelvo a caer de tus pechos a tu par de pies
Labios compartidos
labios divididos mi amor
yo no puedo compartir tus labios
que comparto el engaño y comparto mis dias y el dolor
ya no puedo compartir tus labios
que me parta un rayo
que me entierre el olvido mi amor pero no puedo mas
compartir tus labios compartir tus besos
labios compartidos
Te amo con toda mi fe, sin medida
te amo aunque estes compartida
tus labios tienen el control
te amo con toda mi fe, sin medida
te amo aunque estes compartida
y sigues tu con el control

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Uma tristeza sem motivo aparente

Há dias em que acordo e me pergunto porque me sinto tão triste? De onde vem tanta necessidade de me isolar, de ficar quieta, de apenas sentar no sol e sentir-me aquecer pela sua luz, observar as coisas e as pessoas em camera lenta.
Não quero falar, nem ouvir. Quero apenas estar. Onde? Não sei.

Fazem dias que me sinto sem lugar, olho as pessoas e não as vejo, as ouço mas não escuto. Uma agonia fina e delicadamente lenta toma conta das minhas horas.

Não consigo sorrir verdadeiramente. O mundo parou e eu não percebi onde. Essa semana me fizeram reviver uma parte de um tempo que eu quis esquecer e por quase dez anos tinha conseguido. Até que em outra boca eu ouvi as mesmas palavras. Palavras que há muito eu já julgava como sentença.

Desta vez eu não me protegi, não fui buscar ajuda, não gritei, apenas chorei, enquanto você me apunhalava.

Ferozmente você me atingia e imagino que sorria da minha fragilidade inocente ou burra, como queira.

Entendo assim que parte desta tristeza seja por esta razão, não esperava isso de você. Aliás de quase ninguém. Eu nunca espero nada das pessoas, nem mesmo o prazer que elas tem em serem cruéis.

Imagino que pra muitos eu seja apenas uma menina mimada, pra outros uma "esquisita" de plantão, não me importa.

Assim vou vivendo...com aqueles que me aceitam como sou e que me fazem sorrir quando do nada dizem pra mim que me amam.

Não poderei nunca perdoar o que foi feito. E jamais deixarei que você julgue meus amigos, meus verdadeiros amigos. Os quais eu não preciso ser nada além do que sou para estar com eles.


E sensitivamente ou não, M. e V. me deixaram muito feliz essa semana, pois ao nos falarmos sentiram que eu não estava muito bem, não me questionaram e assim me protegeram de mim mesma.


Jamais desistirei das coisas que busco mesmo que sejam coisas impossíveis. Meu mundo anexo me permite sonhar, imaginar e acreditar nas coisas que nem todos podem ver e sentir.


Sou capaz de sair de cena, sem quebrar o texto, sem desmanchar a história.

No anexo vou me proteger.

E obrigada meus poucos grandes amigos por se fazerem presente sempre. Eu amo vocês.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Medo?

Por muitas vezes me pego pensando de onde vem tanto medo. Porque tenho que me sentir assim apavorada, assustada, querendo me esconder do mundo?
Busco coisas que não existem e planos que não fazem o menor sentido. Planejo a vida em alicerces de areia que não suportarão nenhum dos meus sonhos.
A fraqueza me abate e sei que assim vou perdendo pouco a pouco as pequeninas coisas que construí.
De certa forma meu abalo faz sentido quando vou descobrindo que as pessoas são cada vez mais cruéis, mais impiedosas. Assim acredito cada vez mais que a solidão não é uma escolha e por mais que possa doer, ainda assim é uma dor menor do que a decepção, do que a crueldade dos castigos.
Não tenho mais forças pra me defender. Só preciso deixar a onda me acertar e o vento levar tudo embora.
Quero apenas sentar no sol e observar a paisagem gélida como se estivesse em camera lenta. Quero parar o instante, quero aprender a conviver com essa companhia minha, só minha.
Eu e a minha pessoa.
Me isolar seria a solução mais digna, menos dolorosa. Calar-me seria a maneira menos triste de sair de cena.
Sendo assim, vou calar-me para isolar-me no anexo. Sem dor, sem sofrimento, vou preservar meus bons sentimentos como algo que eu não soube transmitir as pessoas que estiveram a minha volta.
Ser facilmente esquecida, essa é minha maior vitória. O que pra muitos seria uma tristeza, pra mim uma certeza confortável.
Como dizia Yumi em sua sabedoria plena...
..."Viva de forma que sua presença não seja notada".
Partirei um dia sem deixar saudades do que fui. E isso não me deixa triste, porque entendo que as pessoas precisam ser muito plenas pra deixarem saudades e seria de extrema petulância que eu me comparasse a elas.
Bombagens? a mim não. Apenas certezas que me fazem ter menos peso na minha existência.

sábado, 26 de julho de 2008

Recordações II

Amizades assim são pra toda a vida

Momentos de recordação

essa era a primeira parte da conquista de um sonho... um sonho meu...

Uma dedicação extrema de cinco anos.

todos os sonhos colocados aqui.

Uma superação.

todos os ensinamentos.

Uma meta.

a escolha pro futuro.

Um destino.

Um ideal.


Um caminho.

Um lugar.

Um desejo.

Um final feliz!!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Daniel Sempere

Ontem foi um dia marcado pela despedida de Daniel e pela minha lenta recuperação depois de um dia de dor de cabeça extrema que me fez pensar em atirar-me contra qualquer coisa que me fizesse desmaiar para evitar tamanha dor.
Bom na noite de ontem ao me sentir mais recuperada, decidi que tinha que deixar Daniel partir. Assim consumi todas as suas palavras e me vi ao lado de Bea, Fermín, Barceló, Clara e o pai de Daniel em uma prece para que ele não me deixasse nas próximas frases. Ví Julian Carax entrar naquele quarto e levar a caneta tinteiro, observei o túmulo de Núria e disse adeus para ela mais uma vez.
Não pude evitar a curiosidade em saber o que Julian faria agora que sabia de Penélope e David, o filho que ele jamais conhecera e que unira ele e Penélope Aldaya para sempre.
Senti um frio percorrer a espinha quando te observei falando sobre Julian seu filho com Bea e assim senti saudades de uma época na Barcelona de todos os sonhos possíveis. Deixei assim você ir embora ao lado de seus dois maiores amores Bea Aguilar e Julian Aguilar Sempere.
Essa é sua nova família Daniel e eu o observei forma-la naquele casarão da avenida del Tibidado quando pela primeira vez você e Bea se entregaram ao sentimento que não poderiam mais conter.
Fiquei feliz em ve-lo bem e com uma nova vida como o pai de Julian e marido de seu amor incondicional Bea.
Por vezes quis voltar as páginas para imaginar-me personagem também dessa história e eu não poderia escolher outra personagem senão Beatriz Aguilar, pois ela ganhou um filho e o homem que ama e que também a ama. Que lutou por ela e que viveu por ela e pelo filho que ela trazia consigo.
Hoje quis ficar na nostalgia da lembrança de seus últimos momentos em minhas mãos, misturei nossas vidas, escutei Baby's romance, Be my last e Sakura Drops na intenção de nos deixar mais próximos ainda.
Minha vida se resume a viver um personagem que eu mesma escrevo mas nunca sei qual será o seu final e posso ouvir Gafsa enquanto imagino-me andando por Barcelona, Paris ou na Alemanha do pós guerra na qual encontro todos os meus personagens reunidos, juntando o que restou de suas vidas e nas quais me identifico com eles na luta por um amor quase sempre com ar de perdido e pelo qual sinto necessidade de lutar seja como for.
Assim como Bea esteve a espera de Daniel antes mesmo que ele soubesse de seu secreto amor.
Como eu queria poder dizer isso pra você e sentir meus pés saírem do chão outra vez.
Em um misto de encontros e desencontros, desejos e submissão.
Assim Daniel, Bea, Núria, Penélope e Julian irão para junto de meus outros amores.
Que venha o silêncio, que seja o meu silêncio...O silêncio dos amantes.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Meu delírio mais doce

Ah! se minha vontade pudesse ser obedecida, seria a loucura mais gostosa de todas, a minha melhor aventura, meu delírio mais doce. E hoje deixarei que falem por mim...
Eu já contei os meses
Eu já contei os dias
Eu queria comparar as nuvens
Eu sei de cór as vezes
Que nas noites frias
Eu sorria por saber que você vem
É que no meu mundo
Se canta o que ainda não se tem
Se tem um violão profundo
Se canta, porque cantar faz bem
Eu já contei demais
Imagens que eu achei
E as letrinhas dos jornais
Eu já muito cantei
Eu já muito contei
Mas é que eu quase não me calo
Se eu calo eu pulo a cena
Que é pra não ter mais pena
Do que ficou pra trás
Com as letrinhas dos jornais
Eu já contei os meses
Ah,Eu já contei os dias
Eu queria contar horas também
Eu sei de cór as vezes
Que nas noites frias
Eu Sorria por saber que você vem
Mas É que no meu mundo
Se canta o que ainda não se tem
Se tem um violão profundo
Se canta, porque cantar faz bem
Eu já contei demais
As imagens que eu achei
E as letrinhas dos jornais
Eu já muito contei
Eu já muito cantei
Mas é que eu quase não me calo
Se eu calo eu pulo a cena
Que é pra não ter mais pena
Do que ficou pra trás
Como as letrinhas dos jornais


PS: continuo na minha dolorosa despedida de Daniel que irá partir nos próximos dias rumo ao encontro de Ricardo, Liesel, Anne, Rudy, Peter, Antônio e tantos outros.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Pensando

Acho que ando pensando demais. Querendo ou não, amanhã seria o último dia de prazo para uma noticia que eu queria muito, mas que não veio. Talvez tenha sido melhor assim, talvez não fosse pra mim. Agora é seguir em frente, não há muito o que se possa fazer.
Não é uma reclamação e isso é o mais difícil de fazer com que pessoas próximas entendam, mas não posso dizer que esteja feliz por completo. Ontem quando olhei aquele projeto em cima da mesa, meu coração disparou, lembrei com saudade das reuniões começadas na hora do almoço e que me faziam ganhar apenas um sanduiche mas me sentir feliz.
Todas as discussões sobre a cidade e as utopias de pessoas que como eu olham para a imensa metrópole com um ar de quem olha para o mágico, imaginando o que tirar de sua cartola. Pois é, são essas as coisas que me fazem falta, mas como disse meu querido amigo emurbiano, não deixe de sonhar nunca, e é o que luto todos os dias para não deixar de fazer.
E prometo a mim mesma todas as manhãs que ainda vou fazer o que me dá prazer, não sei exatamente quando, mas vou.
Pra agravar tudo, ainda tem sido difícil não lembrar de R. e me sentir tão agoniada. Precisaria saber se está tudo bem.
Mas voltando as utopias, lembrei de mais sonhos dos quais participei na minha estada louca no 16º andar do majestoso Martinelli.
Por seus corredores deixei expectativas, medos, vontades, sonhos e inúmeros rabiscos urbanos que forma me movimentando durante 18 meses maravilhosos.
Sob o comando magnifico de meu grande colega, que quando tinha que ser chefe era amigo, quando tinha que ser amigo era mais do que compreensivo.
Estou me dedicando...rsrs, sei que sabe disso.
Que saudades das discussões calorosas de minha doce amiga, mestre, companheira, cúmplice S. que foi por tantas vezes um espelho.
Do café com a L. e do sono que me deixava com vontade de dormir no quartinho.
Do riso da F. e do sempre disposto amigo P. o mestre do CAD...rs
Mas como diria M. uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa e V. olhos nos olhos que eu vou perguntar...rsrsr
Quanta loucura doce.
Saudades amigos. Muitas saudades.