quinta-feira, 29 de maio de 2008

Be my last

Ricardo está ansioso pelo encontro, não pode mais esperar, um minuto para ele está parecendo uma eternidade.
Ele é movido de cidade em cidade, de país a país, simplesmente porque o objeto de seu desejo não tem fronteiras, parada.
Ela é inconsequente, louca...mas para Ricardo isso é um tempero a mais na relação, embora ele quisesse que ela fosse diferente, que atendesse aos seus pedidos de casamento e que ficasse de vez com ele.

Uma travessura

A menina má e Ricardo invadiram minha vida de tal maneira, que não posso mais deixá-los.
Antônio compreende bem a atenção que estou depositando neste romance arrebatador. Como é maravilhoso saber como Ricardo a deseja, com todos os defeitos e qualidades.
Deseja de todas as formas e com toda a vontade de tê-la em seus braços e lhe falar breguices românticas como ela se refere as suas inúmeras declarações sobre seu amor, sua paixão, seu desejo.
Ela o engana e ele aprendeu ao longo dos anos a ter a menina má por algumas horas do dia, a consumir seu corpo, revelando a ela toda a intensidade da sua paixão.
Pele, perfume, boca...corpo e alma...
Ricardo esse é o nome da paixão de tantos anos da menina Má. Ele acha que é ao contrário, mas ela também não consegue esquece-lo.
Bem vindo à Paris.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Vermelho

Resgatei meu trevo de quatro folhas vermelho, claro, seria um clichê se ele fosse verde como todos os outros...
Saí decidida de que o dia seria bom e espero ainda que seja. Lembrei de você e desejei que hoje fosse um dia feliz pra você também.
Na leitura de mais algumas páginas, descobri minha identidade...sim, tão parecido comigo que chego a me surpreender.
Ele acredita no mundo e no amor, embora tenha quase tanta certeza quanto eu, de que não nascemos pra isso.
Romântico, certinho, as vezes até irritante, mas terrivelmente apaixonado. Me lembrou Antônio...embora não sofra tanto quanto o morcego do Largo São Francisco.
E ambos caminham lateralmente ao abismo quando sentem a proximidade de seus cruéis amores perdidos.
Essa crueldade também me lembra alguém.
Mas fato é que meu trevo vermelho está me dando forças e um dia aparentemente tranquilo.

Vou tomar um café!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

EU

Maquiei os olhos como se por eles fosse possível mostrar toda a minha ilusão de acreditar em você, espalhei o baton na tentativa de que meus lábios não revelassem a fragilidade do meu corpo pela palidez com que quase sempre me denuncia. Borrifei meu perfume preferido com a intenção de que ele fosse capaz de fazer com que qualquer ser vivo fosse lembrar-se de mim pelo perfume que espalhei pelas ruas em que passei, cobri o cabelo com um certo ar parisiense.
Um vestido cobriu meu corpo e botas de salto elevaram minha auto estima, na bolsa muito de mim e de minha corrida vida, nas mãos um livro cujo o titulo despertou em algumas pessoas a pergunta, "é sua história?" e eu disse claro que não...
As músicas que embalam a leitura, não são diferentes quando o assunto é falar sobre mim. Melodias dramáticas, enigmáticas, melancólicas e que me agradam profundamente.
Essa sou eu. Apenas eu.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Uma manhã de outono

O dia amanheceu magnificamente hoje. Os raios do sol frio e luminoso de outono tentavam vencer a neblina branca e leve que cobria a paisagem e deixavam o verde das árvores parecer mais escuro transformando a paisagem em uma imagem bucólica e levemente entristecida pelos tons pastéis, porém revelando em doses homeopáticas o céu azul, que me fez lembrar J. com azul a maior parte dos dias de outono.
Está incrivelmente bucólico e melancolico, perfeito para ouvir, ler (me dei mais dois presentes que irão dividir minha atenção com Antônio), caminhar ou simplesmente observar a paisagem.
Lembrei-me agora das tantas manhãs de outono na quadra, naquele pátio tão aconchegante, tão meu...como eram bons aqueles tempos...deitavamos uns sobre os outros, nos encolhiamos para ficarmos o mais próximo possível, não diziamos nada, apenas observavamos um futuro que não sabiamos que chegaria tão depressa...riamos de nós mesmos e planejavamos jamais nos separarmos.

O tempo nos mostrou que nem sempre as coisas são como imaginamos, os planos mudam, a vida nos carrega por lugares que não esperavamos passar e assim traçamos um novo rumo, uma nova meta a cada desafio.

Mas a ternura, o carinho e o amor nos mantém unidos e ainda assim em uma manhã como hoje nos faz lembrar do que um dia fomos e das alegrias que tivemos e das muitas que ainda teremos...

Azul a maior parte dos dias de outono, essa frase virou um pantone em minha vida, e dias como hoje viraram especiais porque com toda a sua fragilidade e toda a sua beleza estranha por algumas horas parecem comigo.

Bucólico, metódico, melancólico, mas acima de tudo de uma certa beleza que vai sendo revelada aos poucos e para poucos...

Bom dia!!!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Uma conversinha

Que dia...que noite...que vida...
Estou cansada, mas feliz, tomando pé da situação ou melhor das situações. A vida vai passando e os acontecimentos vão se tornando marcos em nossa vida. Hoje é uma dia de marco, eu não sei ainda como, mas não deixarei de defender meus ideais por ninguém e nem por nada.
No anexo me escondo, mas não deixo de me defender.
Grito, esperneio e sempre que estou com a razão levo a discussão até o fim. Ao termino, junto minhas coisas, levanto a cabeça e recolho as marcas das lutas.
As cicatrizes ficam em meu corpo, mas não como feridas que doem sempre que são tocadas e sim como memórias de brigas que não quero e nem posso esquecer.
Certa vez ouvi que nunca pensei que um dia ia dizer que hoje vou te fazer chorar...pois é, ouvir eu não ouvi mesmo, mas soube quando quiseram me dizer isso...chorei e muito, e hoje é uma memória que não quero esquecer, pois foi ela que me fez crescer, que me fez olhar a vida e ver o que de fato quero dela.
Ser feliz...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A vida é uma caixinha de surpresa

Pois é as vezes a felicidade é tão efemera. Precisamos de tão pouco pra nos sentir felizes.
Um pedaço de chocolate, um sorriso ou uma gargalhada gostosa. Um beijo doce, um abraço apertado.
Lembrei-me hoje de uma época da vida em que a motivação era sentir o coração bater tão forte e parecer que bombeava mais sangue que o necessário, fazendo assim acontecer como se o mesmo tivesse recebido uma descarga elétrica.
E por mais que pareça estranho, todos já sentiram pelo menos uma vez essa sensação.

terça-feira, 6 de maio de 2008

A nostalgia

Hoje estou incrivelmente nostalgica, queria colo, carinho, mas me contentarei em abraçar meu travesseiro. É o que me resta não?
Estou tentando me afundar em trabalho, me atolar de coisas para que a cabeça não tenha espaço pra pensar e ao mesmo tempo estou querendo todo o tempo do mundo pra pensar, pensar em coisas novas, em uma vida nova.
Essa "vida nova" também me preocupa, não sei o que vem no pacote. Posso dizer que conheci pessoas muito especiais, mas...é a vida.
As vezes olho pra essas pessoas e como queria dizer coisas especiais pra elas, queriam que soubessem como tem sido importantes pra mim, mas não posso.
Não quero machucá-las. Não quero que elas sofram, é melhor mante-las mais distantes, para que eu não prove o gosto amargo do desatino.
Ando com saudade, acho que nunca tive tanta vontade de ir para o anexo, tô precisando me proteger de mim e da minha falta de compaixão.