terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alergia e pensamentos

Eu quis mas não consegui...este lugar significa muito para mim, não seria justo deixar Yuki morrer assim, segui os conselhos de L., não vou mudar, simplesmente porque não posso mudar.
Sou assim...
Já fazia tempo que não tinha uma grande crise, mas ontem após Cinzas do Passado eu estava lá, a respiração era fraca, o ar era pouco, o corpo avermelhado e a pele claramente irritada, os olhos, a boca, a língua e a garganta tudo começava a se fechar...fui perdendo a noção...
Cheguei ao hospital por volta de meia noite e meia, fazia frio e uma chuva fina molhava o tempo...entrei...minha mãe já fazia olhos de desespero por saber que eu precisava de algo rápido [ela sempre faz olhos de desespero quando eu me calo]...o médico não era dos melhores e de certo modo duvidava daquele estado...até que o oxigênio entrava pelo meu corpo e ia liberando o que tanto me dá agonia quando falta...ar, apenas ar.
Uma grossa agulha atingia meu braço e um líquido esverdeado começava a correr pelas minhas veias e eu alí pensava em tudo que eu tinha deixado de dizer, caso algo mais grave acontecesse...vieram as crises...a pele irritada parecia que ia ser arrancada do corpo...a inalação que deixava meu coração acelerado não era suficiente para melhorar o fechamento da garganta...outra agulha, desta vez um pouco mais fina levava um líquido quase transparente para dentro do meu corpo...eu fui ficando fraca e os olhos pesavam mais do que eu poderia suportar para mante-los abertos...minha mãe falava comigo mas eu não tinha muitas forças para responde-la...tudo foi se apagando e um sono absurdo tomava conta de mim.
Lembrei-me do filme que dizia que a raiz dos problemas está na memória...adormeci até as 14h do dia de hoje...em um sono profundo tantas imagens passaram pela minha cabeça. Foram apenas sonhos.
Estou decidida e não vou mudar de opinião...essa sou eu, apenas eu...Yuki.