quarta-feira, 23 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

Na busca pela solidão

Hoje de certa forma começa um novo dia...me afastarei das pessoas...acho que não quero incomoda-las.
De fato acho que vou chegar um dia em que buscarei pela solidão que hoje vou aprendendo aos poucos viver com ela.
Imagino que pela minha personalidade ela seja o que melhor se encaixa...quando queremos estar junto demais das pessoas, é quando sabemos que o melhor que temos a fazer é ficar sozinhos pra não sufocar, não alterar o humor delas em relação a você.
Hoje busco por essa evolução...o aprendizado da solidão e tenho a certeza de que chegarei lá. Me afastar do mundo é uma maneira digna de sair de cena, se não posso fazer nada de bom para as pessoas também não devo fazê-las me suportar por mais tempo.
Sou de poucos amigos...e na verdade em 25 anos fui de muito menos do que o que possa parecer e pra que eles tenham ainda o mínimo de carinho é melhor que eu saia de cena deixando a eles alguma coisa de bom. Não ligarei, não procurarei, não mandarei mais mensagens, me resigno a minha insignificante presença, ou melhor, a minha doce ausência.
Irei recolher parte do que restou de uma pessoa como eu. Quantas pessoas eu magoei? Quantas pessoas eu irritei, apenas pelo fato de existir ou de querer que elas fossem mais felizes? Acho que certamente todas que passaram pela minha vida. Vou me recolher, vou me esconder, vou deixa-las ter o prazer da minha inexistência.
A partir de hoje passo a vagar no vazio. Vou caminhar por entre as pedras dos meus abismos pessoais...das minhas falhas humanas...dos meus medos bobos...irei encarar de frente o inimigo que vira a cada dia mais o meu amigo a solidão que me abraça e me protege todos os dias. Me fecharei a ela como quem busca abrigo.

sábado, 19 de setembro de 2009

Evolução

Era uma noite de sexta qualquer, eu tinha lido todas aquelas mensagens e decidido apaga-las de uma vez por todas, apaguei a primeira, a segunda e não sei que botão errado apertei que reenviei uma delas.
O telefone tocava indicando o nome que tanto me fez sorrir...gelei e não atendi...novamente...não atendi...um numero desconhecido...e eu embalei e não atendi...quando tocou novamente eu desejei por uns instantes ouvir aquela voz novamente...surpresa...atendi...a voz não era a que eu pensava e a pessoa me perguntava quem era?? como assim quem era?? era eu...sempre eu...mas pra minha surpresa maior a pergunta vinha simplesmente porque do outro lado da linha não era quem deveria ser.
Surpresas a parte, virou uma sequência de mensagens, pedidos de desculpas e justificativas que foram dando lugar a questões curiosas.
Como em flores...uma mulher escreve uma carta, sem saber que o endereço já não pertence a quem ela escreve, as cartas são lidas por um outro homem...sim e ele me disse eu fiquei com o beijo que era pro outro cara.
Mas isso é uma outra história...um acidente telefônico...
Só sei que hoje deixei as mensagens enfim partirem do meu telefone...atirei ao vento o papel de um sonho que há meses ocupa espaço entre as minhas coisas, como se fosse um amuleto da sorte ou do azar eu já não sei mais.
Quando o peguei hoje, senti ainda um perfume e um acelerar do coração, senti um frio na espinha e uma dor que contornei sorrindo pra mim e para quem mais quisesse ver...eu quis contornar esse buraco e por vezes essa foi a primeira que não tropecei...atravessei, fechei a lata de lixo e não chorei.
Mensagens apagadas, papel de sonho jogado fora e telefone que não tenho mais....literalmente acabou.

sábado, 12 de setembro de 2009

a deriva

o dia começava e eu achei que seria um bom dia, me enganei mais uma manhã ao me maquiar pra sair de casa escondendo de mim mesma as marcas que ainda me eram visíveis.
abri a porta e olhei para o novo dia que nublado se fazia...com longo esforço fui para o trabalho.
a manhã começava bem e relativamente calma como todas as outras, ao longo do dia confirmações e reuniões que me animavam...sem saber eu caminha para o abismo por onde eu me lançaria ao cair da noite.
eu aguardava para tomar um suco e mostrar umas fotografias das maravilhosas férias quando fui tomada por uma noticia que abriria sem nenhuma proteção um enorme buraco por onde eu despencaria em queda livre.
os rumos dos meus planos estariam deste momento em diante comprometidos, alguns talvez destruídos, limitados e outros ainda teriam que ser completamente esquecidos...chorei por mim...pelo "sem família"...pelo "você ainda é jovem" como se tudo isso fosse uma justificativa.
aos longos dos meus 25 anos jamais passei por tal situação, por isso me sinto a deriva, sem direção, sei que de alguma maneira as coisas se acertam mas não será tão simples assim.
Me apavora a sensação de perder algo tão importante, perder o que significa um dos maiores sentidos da minha vida, além de ser a grande dedicação da minha vida, o único resultado que esperei por anos, que desejei, que busquei e agora o vejo escorregar por entre os dedos...sem forças me escondo, me protejo, me entrego ao medo que sinto e a dor que domina meu corpo.
...preciso dormir...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Escapar

Es el principio y el fin, así me siento yo, hoy. Abre las puertas de la percepción, usa el poder de tu imaginación, aunque no puedas mirar hacia el sol, sabes que sigue brillando. Piensa en las cosas que te hacen sentir, cada segundo vivir y escapar, este momento y la gente pasar, sientes por dentro que todos se van. Desde el principio, al fin, sólo quisimos vivir. Por qué es tan difícil, creer? Que no habrá un mañana jamás. Abre las puertas de la percepción, Usa el poder de tu imaginación, Aunque no puedas mirar hacia el sol, Sabes que sigue brillando. Piensa en las cosas que te hacen sentir, cada segundo vivir y escapar, este momento y la gente pasar, sientes por dentro que todos se van. Hacia el sol. Hacia el sol. Abre las puertas de la percepción, usa el poder de tu imaginación, aunque no puedas mirar hacia el sol, sabes que sigue brillando por ti. Piensa en las cosas que te hacen sentir, cada segundo vivir y escapar, este momento y la gente pasar, sientes por dentro que todos se van. Sientes por dentro que todos se van, (x11)sientes tu alma queriendo escapar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

*-*

Achei que fosse possível ficar um tempo longe...enganei-me mais uma vez, preciso do meu refugio, do meu esconderijo...estou prestes a completar 25 e ainda me escondo como criança quando preciso chorar.
Eu andei pelas ruas sem olhar para nada, não observei o movimento das pessoas, nem as cores, não parei pra prestar atenção na luz e muito menos no que eu ouvia, os barulhos eram intensos mas eu me concentrava na minha respiração, nos meus passos incertos e tão claros de onde deveriam chegar e ao mesmo tempo tão conscientes de que jamais alcançariam esse lugar, desta forma caminhava sem esperança.
Meus pés machucados, sangravam e traduziam para o mundo externo o quão machucada eu estava por dentro...juntei cacos, colei pedaços, qualquer coisa que tenha sobrado e mesmo em vão porque com o que perdi não consigo mais montar meus sentimentos, tentei recolher o pouco que restou, o que ainda me faz ficar em pé.
Senti o vento passar por mim, uma paz tomou conta daquele corpo tão fraco.
Fiz isso pra esquecer, pulei do abismo...senti saudade, medo...mas já estava em queda...lembrei-me da infância, do sorriso e de crescer aprendendo a ter sempre um personagem sorridente e falante como quem precisa convencer as pessoas de algo que não é.
Deixei planos, sonhos, anseios, desejos...não olhei pra trás...não lembrei...não esqueci...apenas andei...estava na beiradinha e brinquei com os pés criança.
Senti falta da doçura de Fochito, da força de Anne, dos desejos de Liesel, dos desafios de Daniel e Enna, mas nada era como a falta de Ricardo.
Será que um dia vou deixar de te amar? não sei...
Rezo todos os dias por isso...por me livrar do tormento que isso virou...sem nem imaginar invade a minha vida, controla meus pensamentos, limita meus passos.
Odeio deseja-lo com todas as forças que ainda me restam.