quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O natal

Quando eu era criança acreditava que o natal era onde tudo se resolvia. As pessoas pareciam esquecer qualquer que fosse o problema, quando se cresce se percebe que não é bem assim.
Mas o natal ainda é um tempo mágico...
Ainda consigo querer ver entrar pela porta da sala (sim, não tenho chaminé) aquele bom velhinho trazendo todo o meu desejo dentro de um saco vermelho.
Infelizmente ele não vem mais há muitos anos, mas ainda tenho dentro de mim uma garotinha que o espera.
Hoje os desejos são outros, muito maiores do que o que possa caber no seu doce trenó, porém são sonhos tão distantes que só mesmo papai noel poderia me dar.
Amores possíveis...
Esperanças maiores...
Feliz Natal.

domingo, 20 de dezembro de 2009

O garoto da Emurb

Eu pensei que ele tivesse acabado de chegar de Londres. Sua imagem combinava com aquela paisagem melancólica e fria, não porque ele era frio, mas porque sua pele clara combinava com a paisagem gélida.
Seus olhos esverdeados viam um mundo além do que estava a sua frente, seu sorriso iluminava tudo a sua volta. Um sorriso de menino, doce, mas que escondia um homem.
Sim, um homem decidido no que quer e como quer.
Mas esse garoto com ar de Londrino me encantava e eu nem sabia exatamente porque me sentia assim.
Porque tudo tem que ser tão difícil? Ontem eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo e hoje não sei onde foi parar tal alegria.
Por mais que eu não queira o que ainda me incomoda são as coisas que não posso prever.
Não posso arriscar nada, simplesmente porque pulo do abismo sozinha, sem olhar pra trás e nem mesmo ter tempo pra me arrepender, sinto o vento me bater.
O vento carrega meu corpo desafiando a gravidade que deveria deixá-lo no chão.
Flutuo por caminhos que eu mesma escolho, sabendo de toda a dor que eles irão me trazer.
Como em física eu estou para o abismo como o corpo para a gravidade e claro, a minha ação tem uma reação contrária de força igual ao meu desejo.

Hoje não receber o seu abraço, mesmo que na brincadeira, mesmo que na amizade, doeu de alguma forma.
Você beijou meu rosto como se eu fosse uma desconhecida, mas senti suas mãos frias ao me tocar numa ação involuntária do seu corpo.

Eu quis te ensinar tantas coisas...Eu quis abrir um mundo novo pra mim e pra você.
Desejei por um instante ter chego antes na sua vida.

O amor é vermelho e se chama Ni

A amizade é azul e se chama Tha

sábado, 19 de dezembro de 2009

A liberdade é branca e se chama Fer

O que dizer sobre essa liberdade? essa ausência de medo ou receio que nos faz nos lançar pra onde quer que o vento nos leve.
Fer é assim, o vento carrega, traz e leva de volta...deixa saudade, marcas, prazer, alegria...
sorriso de menina...doce, de bem com a vida, de braços abertos pra imaginação.
minha fetuxa, cariño...te amoooo sempre.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A espera da chegada

As coisas se tornam cada vez mais solitárias, a vida passa diante dos meus olhos sem que eu possa alcançar nada que vejo e desejo.
É pedir muito um amor? Não qualquer amor. Eu seria hipócrita de dizer que não me deixa feliz ouvir que as pessoas me amam, mas além delas não serem quem eu espero, eu sinto que preciso de mais verdade nesse sentimento.
E caminho assim com a real sensação de que ainda não chegou a hora. Ando sabendo que ainda não conheci quem deveria, como se o que eu busco ainda não tivesse sido encontrado (talvez agora), não no que sinto dentro de mim ou nas respostas que meu corpo emite enquanto escrevo essas palavras. É como se eu ainda não tivesse achado físicamente a razão da minha busca, dos meus sonhos e quem eu espero a tanto tempo.
Agora ouço a vibração dos trens que invadem a plataforma, olho uma cidade belamente iluminada e que começa a se recolher, faz calor, muito calor mas tem um ar mais fresco depois da chuva tempestuosa do fim da tarde.
Durante alguns meses eu soube muito sobre essa estação, o ... partia daqui para quase todos os lugares, inclusive no dia em que nos conhecemos e no dia do doce sorvete no sesc santana. Que saudade! não dele em sí, mas do frio na barriga da espera, do beijo doce e com vontade, do abraço apertado, do desejo de mais um dia, da espera gostosa e do prazer da chegada.
Do frio na espinha anunciando as mãos que percorreriam meu corpo, e hoje por mais que eu sinta saudade não era ele quem eu esperava.
Não, seria ele que faria minha busca chegar ao fim. Por horas eu poderia listar o que gostava nele mas faltava algo, sempre falta.
Me sinto feliz com o trabalho, precisava de grana, claro, mas fazer o que né?! Estamos organizando uma festa e será linda. E desejaria muitas coisas, mas pra esse dia eu só queria completar minha alegria com um amor. Mas claro amor meu igual a meu amor. Aprendi ao longo desses últimos meses que em nada adianta uma idolatria, um desejo sozinho e que de fato quando um não quer dois não chegam a nenhum lugar.
Quase sempre me sinto perto do abismo prestes a me lançar porém agora mais do que nunca, desejo viver!
Desejo vida, sentir, esperar, chorar de prazer, de alegria.
Colocar as coisas no lugar, arrumar as gavetas para o novo ano.
Tenho sede de viver, conhecer, experimentar, saborear cada segundo, cada gesto, cada pessoa, cada momento.
Vejo corpos que se abraçam, tina alguém a espera...eu quero ter alguém a minha espera. Quero provar essa espera.
Vivenciar a chegada pra dizer que eu te amo!