terça-feira, 21 de junho de 2011

Nas tuas mãos


















eu estava alí e diante de você era como se estivesse nua, sem palavras, sem ação, sem entender porque o corpo se deixava cair em suas mãos, porque o seu toque era importante pra minha pele, porque eu gostava da sensação de me sentir sua...completamente sua mesmo que você nunca me tocasse.
os olhos se fechavam e o calor do seu corpo me invadia, me dilacerava. a chuva caía, o calor era intenso, a roupa estava colada a pele que se deliciava com cada parte do corpo que sua boca percorria. a alma ardia em febre...uma febre onde só você seria o remédio. a vida se fazia plena cada vez que eu me deixava completamente em suas mãos. você era presença e ausência sem se dar a menor conta disso. a intensidade do que eu sentia causava uma vertigem prazerosa e inexplicávelmente quase mortal e sem nenhum arrependimento eu desejava morrer alí só para sentir que seus braços me segurariam com força, vontade, desejo, amor, paixão, compaixão... eu já não sentia os pés tocarem o chão...você sorria e me calava com um beijo longo e doce...o gosto da sua pele era o melhor dos venenos que você me oferecia. a respiração era acelerada e lenta, o ar parecia faltar e quando inspirado parecia ser demais... atráves dos seus olhos eu podia ver um mundo que eu queria pertencer. suas mãos eram ávidas, urgentes e claramente sabiam onde chegar, você me manipulava e sem defesa eu me deixava levar... o horizonte era seu corpo, o destino a sua alma e a volúpia do meu desejo era o seu amor. nas tuas mãos...