segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Pensamentos

Passei a madrugada avaliando meus pensamentos e minhas condições para o ano que se aproxima...descobri em mim uma força da qual eu não fazia idéia...olhei para trás muitas vezes mas talvez pela primeira vez em meses eu dei alguns bons passos. Pensei no que R. me disse, caminhei e olhei para a vida de uma maneira inesperada e como se ela de fato não me pertencesse...chorei.
Talvez meu amigo tenha razão...mas ainda preciso pensar um pouco mais. Busco meus passos na minha própria sombra e me perco nas razões que não encontro para seguir o caminho.

domingo, 28 de dezembro de 2008

P.

Tudo parece tão fora do lugar que me assusta quando paro pra observar. Tento achar as razões que me fazem caminhar mas tudo se perde entre meus dedos antes que eu consiga ver.
Para quem está de fora e até para quem está de dentro essa sensação soa dramática demais, mas não é. Busco a cada segundo um novo rumo e uma só justificativa para manter-me de pé. Cada vez mais é comum que eu não ache nada.
Tropeço nos meus próprios passos, ando em círculos, me sinto presa em um labirinto e por vontade me entrego a fraqueza do meu corpo...a minha volta as pessoas não se dão o trabalho de notar que talvez eu esteja me despedindo delas...tento me apegar a detalhes mas acabo vendo que eles são tão pequeninos que não valem a pena...os dias passam.
Acredito já ter tomado minha decisão...só não sei ainda quando e nem como a colocarei em prática...partir será só o primeiro passo. Eles não vão sofrer...tenho certeza de que eu sentirei muito mais do que todos, eles sim são importantes pra mim...
Gosto dessa sensação do vento passando pelo meu corpo querendo invadir a minha alma...sinto-me flutuar e a dor parece passar.
Ando de novo com a minha solidão...J. está no seu momento feliz e sei que vai ser importante pra ela...gosto e desejo tudo de bom para minha irmã querida que mesmo sem me entender quase sempre, é quem mais me entende.
Não foram só as idéias de doze anos atrás que voltaram a caminhar lado a lado comigo...o medo e uma certa angústia me seguem agora...entrego-me as lágrimas e deixo o cansaço me vencer e assim fazer o sono ser pesado e intenso...plenamente fora do mundo que me cerca sou muito feliz...nos meus sonhos tudo é possível...não sinto dor.
Infantilidade ou loucura, não sei...só sei do que não consigo mais suportar.
Acho que não haverá despedidas, nunca fui boa para isso e sempre deixo coisas para trás...a vida segue seu curso e não posso fazer as pessoas pararem por nada que sejam apenas tolices de uma pessoa completamente sem sentido.
Agora parece que não vejo mais a linha do horizonte, tudo se perdeu quando ...
Desta forma resgato sem desespero ou tristeza a minha idéia de tantos anos atrás. Julgo que a coragem que faltou daquela vez, está em mim agora...será rápido, eu acho...
Me sinto cansada.
Os dias começam e acabam e eu não os percebo.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal

Hoje eu só queria um presente, um único desejo...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O fim da burrice bonita

O tempo está fechado e as nuvens choram fortemente...em dias como hoje o que me resta na vida é escrever, talvez contar para os meus papeis planos que eu jamais alcançarei. Por mais que me digam que tenho que seguir em frente, hoje essa não é minha vontade, sempre é mais fácil pra quem está de fora.
Eu desejei, eu brinquei, eu sorri, eu quis, eu amei (ou amo), mas é preciso deixar ir, é preciso enterrar os mortos e deixá-los descansar. Sem direito a despedidas eu fui tomada por uma sentença que não coube a mim questionar, ou melhor, eu não tive o direito de questionar. Aceitei minha pena...ironicamente crime e castigo, eu disse isso nas primeiras mensagens que trocamos.
Percebi nesta tarde o quão frágil eu sou diante dos problemas que não sei resolver.
Buscando um novo caminho, me deparei com uma idéia antiga e arquivada mas que agora parece fazer muito mais sentido do que há precisamente doze anos atrás. A questão já não me assusta...sentiria apenas pelas pessoas que deixarei do lado de fora e pelo amor ao meu trabalho, algo tão difícil de conquistar.
Em meus passos já não vejo mais aquela menina...mas em mim encontro uma decisão que ainda precisa ser amadurecida, mas talvez seja a mais acertada.
Preciso encontrar uma paz pela qual meu corpo e minha alma procuram agora...me sinto cansada.
As vezes parece loucura mas cada vez mais encontro razões.
A cabeça dói...os pés não respondem aos passos...partir...esse é novo rumo, a nova história.
Faria parte desta mudança, dilacerar este espaço, mas sem nostalgia é a única forma de memória do que fiz e do que fui...embora não haja porque manter lembranças, será sempre uma forma de olhar pra trás. J. cuidará disso pra mim...esquecer-me de mim...escrever sem dor.
Quando a última esperança acaba, sabemos que chegou ao final. Eu demorei muito pra olhar e enxergar, pra ouvir e escutar. Não compreendi, mas aceitei...forçadamente meu corpo parou, não abri os olhos, senti as lágrimas chegarem a boca, o gosto não era amargo pois não há nada de ruim no sentimento que me faz chorar...lembranças do que fomos, planos que nunca cumprimos, desejos que não se realizaram...como quem arruma uma mala para uma viagem rápida, vou levar apenas o necessário para sobreviver a mim. Não é a falta que se faz presente, são os gestos que se fazem ausentes.
Não há o que reclamar...não há o que questionar...passo pela vida...abandono a última esperança...a tal burrice bonita.

Presente da Lia

Em dias em que quero fugir, lembro que tem alguns grandes motivos pra querer ficar...meus amigos...
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado em fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim. Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa... Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, ta assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! (Arnaldo Jabor)

Deixar assim...sou um jardim e não a borboleta

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as delas. Temos que nos bastar… nos bastar sempre equando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam… não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente, a gostar de quem gosta de você. “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você.”No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”
********Mario Quintana********

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Carinho

Oi , É muito gratificante receber o reconhecimento de uma aluna tão dedicada como você foi. Obrigado.
Arquitetura é uma das mais fascinantes profissões mas, infelizmente, pouco compreendida.
Bom ver alguém tão jovem e tão dedicada a ela.
Um abraço e boa sorte.
Antonio

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma noite

A noite estava fria e a cidade fazia-se mais brilhante...da janela do carro parecíamos crianças a descobrir o mundo novo que se abria bem a frente dos nossos olhos...
Observando tanta magia e sedução pelo espírito do Natal que toma conta de todos, eu fechei os meus olhos e lágrimas rolaram no rosto...eu pensei em meu pedido de Natal e desejei imensamente que ele fosse atendido como uma criança que espera por sua bicicleta...eu não desejei uma boneca, não desejei uma bicicleta e muito menos pedi nada parecido com o ano passado... E como uma criança eu me apegava a uma esperança inexistente em ganhar o que eu saberia jamais ser possível.
Porque as coisas são assim? Cansei das minhas perguntas.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Presente pra o fim de semana

If I was young, I'd flee this town
I'd bury my dreams underground
As did I, we drink to die, we drink tonight
Far from home, elephant gun
Let's take them down one by one
We'll lay it down, it's not been found, it's not around
Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down
Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down
And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the night
And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all that i hide
Elephant Gun

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sempre

As coisas não estão no lugar e essa manhã chorei muito com a Cris, mas de certo modo uma paz tomou o meu dia de hoje.
Acho que pela primeira vez em dois meses, eu não tropecei no buraco, contornei ele enquanto secava minhas lágrimas...dor...A vida ensina a sofrer dosadamente com esses dias.
Depois de muitos dias, hoje foi o primeiro que respirei sem ajuda. Uma força que eu não sei de onde me move, o desejo me consome...
O amor é algo que precisa de ar, que precisa crescer, que precisa ser regado diariamente, precisa de prazer...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Frases soltas...

"Uma presença que não me deixa esquecer a falta"..."O mundo pareceu menos assustador porque você existe"...
As frases da Cris sempre me deixam pensativa, ela diz e a gente absorve pra vida.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Arrebatador

"apaixonar-se por um amigo é arrebatador. De repente você olha para o lado e descobre o que o coração já sabia havia muito tempo." Cris Guerra