terça-feira, 31 de março de 2009

Exausta

um cansaço me consome...os dias passam...vou voltando aos poucos a pensar e a me ver novamente.
me sinto triste pela distância que nos coloca em caminhos opostos ao ponto de nos fazer parar...será que foi justo? será que era assim?

segunda-feira, 30 de março de 2009

pareceu ironia, foi isso que li a meu respeito ontem...eu não esperava nada e ler isso foi bem doloroso.

domingo, 29 de março de 2009

Tentando entender

O que eu fiz de errado???

sábado, 28 de março de 2009

Uma frase da Cris

"O seu amor é tão bonito" ele desceu e eu fechei a porta.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Recolhi algumas coisas...passei os olhos nos meus livros e não desejei nenhum deles...e para minha surpresa Ricardo me esperava essa manhã na plataforma em Paris, disse qualquer breguice mas me fez sorrir depois de tantos dias.
Caminhei...
Os sinos tocam anunciam a hora...eu não os percebo sempre, mas hoje eles se mostram especiais demais...

quinta-feira, 26 de março de 2009

DDDDDDD

Hoje acordei sem lembrar
Se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar
Que eu ainda não deixei
Vou ficar?
Quanto tempo
Vou esperar
E eu não sei o que vou fazer não
Nem precisei revelar
Sua foto não tirei
Como tirei pra dançar
Alguém que avistei
Tempo atrás
Esse tempo está
Lá trás
E eu não tenho mais o que fazer, não
Eu ainda gosto dela
Mas ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz
E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Eu vou deixar a porta aberta
Pra que ela entre e traga a sua luz
Ainda vejo o luar
Refletido na areia
Aqui na frente desse mar
Sua boca eu beijei
Quis ficar
Só com ela eu
Quis ficar
E agora ela me deixou
Eu ainda gosto dela
Mas ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz
E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Eu vou deixar a porta aberta
Pra que ela entre e traga a sua luz.

Adoro você!!!!!!

Cansei de tanto procurar
Cansei de não achar
Cansei de tanto encontrar
Cansei de me perder
Hoje eu quero somente esquecer
Quero corpo sem qualquer querer
Tenho os olhos tão cansados de te ver
Na memória, no sonho e em vão
Não sei pra onde vou
Não sei se vou ou vou ficar
Pensei não quero mais pensar
Cansei de esperar
Agora nem sei mais o que querer
E a noite não tarda pra nascer
Descansa coração
E bate em paz

Amor de Verão

"Ninguém sabe por quê, mas todo mundo já teve um.
Começa com a mesma rapidez que termina.
Mas a gente sempre acha que vai durar o ano inteiro.
O verão vai embora e leva com ele aquele sentimento.
Mas vale a pena sentir pelo menos por aquela estação,
o friozinho na barriga de um amor de verão."

quarta-feira, 25 de março de 2009

A solidão pode dar um rumo inesperado na sua vida

ao longo da vida aprende-se a tomar decisões...elas nunca são fáceis mas são decisões necessárias.
hoje o sol se fazia presente e o céu apresentava-se no mais belo azul de outono...não havia nuvens pra contar.
abri os olhos, um ventinho gelado sobrava os meus ouvidos...acho que é necessário não deixar nada pendente.
uma tristeza consome as horas do meu dia...escrever é uma fuga...tantas coisas passam pela minha cabeça, tantas dúvidas, tantos medos...
essa madrugada acordei e tive medo de abrir os olhos, como uma criança assustada deixei umas lágrimas escaparem...pensei em meus momentos felizes e percebo a cada dia que por mais que eu tenha medo preciso andar...uma depressão assumidamente dilacera todos os meus sonhos.
algumas vezes eu já me senti assim, mas a sensação era diferente.
quem sabe eu consiga abrir a porta mais algumas vezes...
"A solidão pode dar um rumo inesperado na sua vida...dê o primeiro passo"...CVV

terça-feira, 24 de março de 2009

Dois Meses

Parece ausência, parece saudade, parece vazio, parece fome, parece machucado...nostalgia talvez.
Um desejo de que as coisas não estivessem assim. Os dias passam, observo a vida que se passa pela minha janela. As pessoas se movimentam mais devagar...abro a porta, vejo que o dia está triste...encontro uma melancolia prazerosa no cinza da paisagem bucólica.
O vazio me acompanha por dias sem pressa de ir embora. Uma saudade sem explicação invade minha rotina, todos os dias acordo com uma sensação de que foi apenas um pesadelo...olho para o telefone, sei que ele não vai tocar...respiro fundo e levanto-me devagar.
Ando na areia, deixo a água bater em mim...caminho olhando o que vivemos e me perguntando o que aconteceu...sem resposta sinto apenas o espaço...o sol não brilha como antes, a chuva já não é tão linda...lembro-me de uma certa vez onde comentei sobre a chuva e você me disse adoro ela também...ficamos olhando cada um em um lugar mas olhavamos para o mesmo lugar.
Eu quero ver você...mas não sei se é isso que você quer...lembra-se quantas vezes me disse isso?? eu perdi a conta...por isso não entendo o que aconteceu.
Sofremos ação da física...tempo e distância...talvez a velocidade com que queríamos as coisas...talvez aí tenhamos percebido que a velocidade depende dessa distância e desse tempo. Pode parecer uma bobagem mas pra mim não...eu desejei que todos os momentos que tivemos juntos não acabassem, que nada pudesse atrapalhar o que crescia cada vez mais dentro de mim...era meu conto de fadas, meu porto seguro...seus braços eram o lugar onde eu nem sabia mas de alguma forma sempre quis estar...o mundo girava mais rápido quando você me tocava...e ao mesmo tempo parava para o nosso beijo...eu adoro DU...para sempre...mesmo na distância, mesmo no tempo...
Eu estava morta e você me fez viver...me fez sorrir, sonhar de novo...acreditar...
Observo o mar e vejo você em um lugar onde eu não mais posso alcançar...eu perdi a chave para entrar...
Não são mais seus beijos que percorrem minha pele e sim um vento gelado...fecho os olhos e percebo que já não posso resistir as lágrimas...deixo que ela rolem pelo meu rosto...olho o horizonte e não acredito que eu não consiga mais ficar perto de você.
Du, seja como for...tantas vezes você me disse que não me esqueceria...que voltaria pra me ver...que voltaria pra mim...
Sem defesa não me resta nada...eu desejei...briquei...e foi a melhor coisa que aconteceu...eu não sabia que o mundo ia ficar melhor com você, que a vida pode ser mais feliz se você estiver ao lado, que posso ser uma mulher plena.
Aos poucos descubro que você está cada vez mais em mim...e não será fácil tirá-lo do lugar que você chegou com tanta diplomacia, delicadeza, ocupou um espaço que parecia ter esperado por você a vida toda e por isso todos os que passaram não conseguiam preenche-lo.
Aquela noite no little dariling que você não me deixou ir embora...um sorvete para um andar tranquilo e cheio de carinho...a plenitude da sua estada em minha vida...naquela última noite que passamos juntos...os mimos...os doces "oi moça"...a vida girava em perfeita harmonia...seus olhos me mostravam um mundo novo a cada dia, uma sensação nova e prazerosa...todos os "bom dia"....todos os "boa noite"...adorava o "durma bem"...beijos do cansaDU...dias lindos...dias meus...dias doces...dias...

domingo, 22 de março de 2009

D: É o destino

Aproveitando a noite de um dia praticamente perdido, me esforcei pra achar alguma força dentro de mim e ir ao cinema...não seriam os meus planos, mas uma solidão instalada me fez partir pra esse programa que eu amo, mas ele não era bem o que eu desejaria pra ontem.
"Quem quer ser um milionário?" diria muito a mim...Jamal Malik era o nome...por ele hollywood tremeria e todos os olhos se voltariam pra Índia. Um Índia real, longe das particularidades de uma casta ou coisa parecida ao que absorvemos mesmo sem querer no horário nobre.
Uma Índia de tampa parecida com a nossa...de sonhos, de diferenças, de indiferença, de tudo muito peculiar e do mesmo lado muito comum aos nossos olhos.
A diferença talvez seja a ingenuidade...Jamal só queria viver...como milionário era só a forma de ser achado por Latika e seguir em frente sem ser na mira de Salim.
Amar em nenhum lugar e em nenhuma língua é fácil. Ser amado então, parece mais difícil que viver.
Mas quando duas pessoas estão dispostas a isso, nada é obstáculo, tempo, dinheiro, distância.
Nada pode apagar um amor.
Fiquei pensativa...
Era o que eu desejaria...que tempo e distância não fossem motivos...mas motivos ou não eles destruíram algo que me parecia ser o que desejei a vida toda.
D: está escrito, é nosso destino.
A Índia pop se mostraria para o mundo, pouco dinheiro e muita vontade. É um filme emocionante, vibrante, intenso e ao mesmo tempo comum...
E Jamal só queria viver seu amor...

sábado, 21 de março de 2009

20

A noite se mostrava linda e quente, mas eu me mantinha com a minha tristeza...era noite de sexta mas eu não receberia nenhum telefonema tentando marcar algo para o fim de semana, mesmo que fosse só na vontade.
Eu estava naquela mesa, eu sorria, eu brincava, mas o pensamento me levava pra longe, bem longe...no meu caminho de volta, uma vontade imensa em dizer boa noite...e um desejo enorme que tudo voltasse...adormeci contando nuvens e sonhando que essa semana que se passou teria sido só um sonho ruim.
Hoje quando acordei me dei conta de que não...queria ligar, queria dizer oi, queria combinar algo...mas não posso.
Um vazio e uma nostalgia toma conta dos meus dias...

sexta-feira, 20 de março de 2009

Manhã

Esta manhã o despertar foi com uma última msg do Du...não há mais o que discutir.
As palavras foram confortantes...não tinham o mesmo calor gostoso mas eram carinhosas de alguma forma.
Eu li uma coisa ontem...e embora não fosse pra mim, decidi usar hoje aqui...a beleza era singela.
"existem duas formas de um homem amar uma mulher...uma é ser amigo dela e se apaixonar por ela depois, a outra é se apaixonar por ela e por isso se tornar amigo dela..."
Achei muito doce, embora tenha pra mim um fundo amargo. Bom dia! bjo.

quarta-feira, 18 de março de 2009

V8

Hoje as horas passavam sem que eu me desse conta que envelhecia...ouvi tantos barulhos mas não absorvi nenhum deles. As pessoas falam sem parar...e eu me recolho e me encolho na minha saudade...em uma ausência que eu não desejei...
As ruas começam a ficar com mais folhas que antes...o vento é forte...e as pequenas e frágeis começam a cair...as folhas precisam se renovar e eu preciso me esconder de mim...
novamente contei as nuvens...vi que elas estavam mais brancas mas o azul do céu não era tão lindo...andei...me perdi no caminho que faço todos os dias.
Os olhos pesavam toneladas essa manhã...fiz força para abri-los, o sol insistia em aparecer mesmo não sendo pra mim...era preciso ficar em pé.
Contornando o vazio que se instala vou aprendendo a passar pelo buraco...é fundo...dói...machuca...
Procuro razões onde não há razão. Deixei meus passos frios...caminhei descalça pelas ruas, senti as pedras sob meus pés..já não me importa os machucados que serão provocados pela minha aventura...nada irá doer tanto como a minha ousadia...sem olhar pra você eu me perguntei onde tudo mudou? sem resposta eu concluí_tinha que ser assim...
Poderia doer menos, poderia ser menos intenso, poderia ter sido mais claro...mas só dói da forma que dói porque foi bom, foi pleno, foi intenso, calmo, doce, raro...eu quis que você estivesse no meu destino...eu quis que fizesse parte de mim, do meu dia a dia, das minhas coisas e manias...que eu continuasse aprender a ser uma pessoa melhor...que eu pudesse olhar pro céu todo dia e agradecer por ter um anjo na minha vida...não foi assim.
Correndo em direção ao nada, me atiro no abismo...não consigo me mexer...olho, observo e me calo simplesmente porque não coube a mim nem mesmo a dúvida de querer ou não...como sentença eu recebi sua saída. E o que eu queria parecia tão simples...

Um dia

Depois que um conto de fadas acaba é difícil voltar pra realidade. A necessidade que se tem de contar nuvens, de ver um céu cheio de estrelas e achar que ele é pra você, é algo devastador quando se acorda e percebe que o sonho acabou, que era só uma história da qual se fantasia ser personagem dela.
Esse acordar dói.
Doeu apagar as msgs, doeu não receber um bom dia, doeu não ter Du...me despeço com dor "du" que não era verdade, das coisas que eram apenas um conto de fadas pra mim.
Andei em Barcelona essa noite, fui ao cemitério dos livros...encontrei Daniel...conversamos longamente até Ena chegar...meus amigos me confortaram...decidi voltar para Miraflores ou encontrar Ricardo em Paris...preciso rever meu amigo, preciso alimentar-me do que ele me diria sobre sua mais nobre pergunta. Qual a verdadeira face do amor? Até onde ele poderia suportar?
Sua breguices são lindas e é por elas que busco, me protegendo do que desconheço ou simplesmente do que meus defeitos não me permitem ver.
O vento que antes me abraçava agora me sufoca...o sol que sorria pra mim hoje atormenta meus olhos, a chuva que me pedia desculpas em cada gota agora me afoga nas minhas lágrimas.
Percebo que meu caminhar é lento novamente...me sinto cansada como quem acaba de sair de uma luta. Tenho que aprender a me esconder mais...a sofrer menos.

terça-feira, 17 de março de 2009

Conto de fadas

Quando menina eu vivia com meus amigos imaginários, com minha casinha imaginária, com meus filhos imaginários, com um amor que eu nem sabia que era isso mas também imaginário. Meu pai era peça fundamental para essas imaginações todas. Ele montava a minha casinha, colocava mesa e cadeira no quintal, um varal na minha altura para que eu pudesse colocar as fraldas dos meus bebês assim como minha mãe fazia com as minhas...eu era a mamãe naquela casinha mas me permitia chupar chupeta como meus filhinhos. Meu pai era a minha visita, tomava chá comigo, comia a minha comidinha imaginária claro e dizia que estava uma delicia. Queria viver nessa época novamente. Me sentir protegida de mim.Os olhos pesam demais essa manhã. Eu olhei o sol e não vi seu brilho...o sol sorriu mas não foi pra mim, ninguém pediu.
Me pego tentando entender o que não tem nada pra ser entendido.
Aprendi a contar as nuvens e a noite passada contei as estrelas, mas perdia a conta quando os meus olhos não conseguiam mais saber se era uma ou duas estrelas porque as lágrimas não me permitiam.
Tentei achar os sonhos, as vontades que ainda estavam fora da caixinha. Coloquei mais algumas coisas naquela pequena mas minha caixa.
Guardei meu último conto de fadas. Pela primeira vez eu ocupava o papel da princesa...mas não despertei do sono profundo, achei o sapatinho de cristal mas ele se quebrou.
Na caixinha estão o que considero precioso...minha família, poucos amigos, momentos da infância, transições e pessoas que fizeram-se presente na minha vida, dando a ela maravilhosos prazeres...ontem essa mesma caixinha ganhou mais algumas coisas e mais uma pessoa.
Du, vai deixar saudade.
Mas não há nada que possa ser feito.
Recolhida no anexo deixo as coisas menos dolorosas. Busco me apegar somente no que tivemos de bons momentos e assim me despeço sem tanta tristeza e volto para meu mundo imaginário.

segunda-feira, 16 de março de 2009

!!!!!

Tem uma música que sempre ouço quando me sinto triste. Desde criança eu a ouço...quando eu morrer gostaria de ouvir essa música...De tarde quero descansar, subir nas pedras ver se o vento ainda está forte...deixo a onda me acertar e o vento vai levando tudo embora...
Sem perguntas...não estou questionando nada, me recolhi...me encolhi...

Insensatez

Ah, insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor o seu amor
Um amor tão delicado
Ah, por que você foi fraco assim
Assim, tão desalmado?
Ah, meu coração
Quem nunca amou
Não merece ser amado
Vai, meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração, pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado

Lembranças

"finais nunca são felizes"...não chamamos de final então, quem sabe um começo.
"até breve"...não quero essa resposta.

Um pouco de amor por mim

Recolhi meus desejos, coloquei-os na caixinha, cobri com um lenço para que ficassem protegidos das maldades alheias, como se assim me protegesse no anexo e cuidasse dos pequenos mas preciosos bens que tenho.
Aprendi esses dias que a vida é linda, mas que nada é para sempre, posso até querer e desejar que seja, mas nada é verdadeiramente seu, ou seja, não adianta que eu queira, que eu tenha paciência pra esperar, que eu possa esperar. Não depende de mim.
Por isso guardei minhas manias, minhas vontades, meus anseios e sonhos...a vida segue, não posso parar só porque perdi o caminho...mais uma vez recolho o que sobrou do meu pratinho de porcelana quebrado...dos olhos que não me viram...
Em uma fuga dos meus próprios pensamentos, corro...sinto o vento me bater, corro do que não quero ouvir e muito menos do que não quero ver.
Ouço os passos da minha própria sombra, me ouço respirar com dificuldade e uma dor fininha e forte percorrer todo o corpo...uma dor diferente...simplesmente porque tudo era diferente...eu fui diferente pra ele e ele foi diferente pra mim...e agora a dor também é diferente...tenho que aprender a contorná-la de outra forma, mais dolorosa e como a relação mais intensa a dor também é infinitamente mais intensa...uma base sólida está dentro de mim e essa é a parte mais difícil.
Era sólido...tem nome, sobrenome, endereço, telefone, aprendi a conhecer os passos e a vê-lo nos meus próprios passos, agora sozinhos...mas fortes...caminhando com volúpia para esquecer o ontem.
Apaguei o caminho...esqueci os passos...deletei as msgs...chorei...mas agradeci...me fez feliz...me mostrou um outro lado da vida...me ensinou coisas que jamais vou esquecer...

sexta-feira, 13 de março de 2009

Chuva

Eu estava parada, olhava o céu e contava as nuvens...pensava na vida e nos últimos acontecimentos...foi quando ela veio, linda, pesada, intensa...eu olhava aquelas gotas pesadas e queria que elas caíssem sobre meu corpo, fazer toda e qualquer dúvida e medo desaparecer...
Lembrei-me do Du com suas desculpas em cada gota de chuva, tive vontade de chorar por sua ausência forçada ou ausência querida...que aumenta a saudade que espero ansiosa por matar...
A chuva era plena, as gotas eram transparentes...deixavam o verde das folhas que começam a cair mais intenso...eu ouvia Gafsa e me recordei "não sabemos se o que vivemos é real ou apenas um sonho", um apertinho fino e dolorido percorreu meu coração...um telefone que toca, uma msg que chega...que saudade!!!

Du

entrou pela porta da frente como quem não quer nada...me olhou nos olhos, me viu chorar sem defesa, resumimos a vida em uma mesa...me fez rir, sonhar, acreditar...eu olhei e vi uma vida inteira...eu quis cada segundo, cada minuto, cada hora e todas elas ainda foram poucas pra justificar o que você transformou em mim.
jamais vou esquecer o gosto bom da sua boca, o toque macio da sua pele e o brilho dos seus olhos...um sorvete no sesc santana, direto de santos pra mim...rsr, um tchau no little darling e o melhor de todos o último momento.
que saudade...
desejo todos os dias pelas próximas horas...desejo todos os dias pelos próximos beijos e abraços...desejo.
adoro ver a vida pelo verde dos seus olhos...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Mosteiro

O barulho era frenético...as almas inquietas, até que passei a porta...o silêncio me invadiu...passei meus pés pela areia molhada e senti o vento me abraçar...
Voltei ao Little Darling...estava vazio...olhei as mesas dispostas e me perguntei onde estavam as pessoas daquela noite...pisquei e deixei as lágrimas rolarem pelo rosto sem vergonha que alguém pudesse me ver...deitei-me no chão...senti seu corpo sobre o meu...adormeci.
No sono confuso andei, respirei, sorri...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Distância não é bom

O dia amanheceu quente, mas bucólico...a paisagem se mostrava triste e eu achei que fosse pela ausência do sol.
Não quis usar o guarda-chuva e assim não me protegi da chuva fina e geladinha...ela combinava de certo modo com o aperto no coração.
Andei, respirei e sem querer acreditar fiz o dia passar em segundos...olhei pra mim, vi uma imagem pálida e fraca...olhei em volta e me vi Yuki...olhei o céu e quis contar a nuvens...desisti...como muitas coisas na vida.
Lembrei das gotas de chuva como desculpa ou do sol que mandaram sorrir pra mim...chorei...não por melancolia ou tristeza, mas por saudade. por ausência...doeu. Escondi minha dor, chorei calada...olhei os cortinhos e me disse porque?
Sem espaço pra pensar, respondi...porque tem que ser assim, acostume-se menina.
Deixei o vento levar minhas lágrimas...um arrepio percorreu todo o corpo...
Decidi então não decidir nada...parei onde me deixaram e aprendi a não brigar, a não discutir, olhar pra trás e ver que dentro da minha loucura o anexo me protege bem...eu já teria chego muito mais perto se não fosse por ele, mas é lá que a coragem vira pó...que percebo minha fragilidade e minhas falhas...
Por hoje não consigo mais...os olhos deixam as letras embaçadas...escuras...molhadas

segunda-feira, 9 de março de 2009

Ser mulher

Pode ser clichê, coisa barata, mas ser mulher é tudo de bom.
Mulher, menina...
é gostoso usar lacinho quando criança, calcinha de babadinho, chupar chupeta cor de rosa, usar sapatinho de boneca, crescer...descobrir-se menina quando o coração bate forte pela primeira vez quando o garoto pega na sua mão, mesmo que seja sem querer, a surpresa e vergonha as vezes do primeiro sutiã, a primeira TPM, as roupas menos rosas e a vida menos colorida...rsrs, o primeiro baton, a primeira vez que se usa rimel e passa lápis e descobre que os olhos falam mais que a boca...o segundo furo na orelha...o primeiro beijo...sentir outra boca colada a sua e descobrir quanto prazer há nisso...rsr, o primeiro abraço mais apertado...poder se sentir criança e pedir colo...estar com o cara que você julga ser o homem da sua vida...descobrir um mundo novo pelos olhos de outra pessoa...se descobrir mulher...acabar uma fase da vida...entrar na faculdade, vencer obstáculos, pré-conceitos, chegar, sair, andar com a força que se tem pra ser mulher...gerenciar a vida e porque não uma grande empresa?
gerar uma vida, cuidar, carregar dentro de sí um novo plano...trazer pro mundo um novo ser...
ser mãe...ser esposa...ser filha...ser menina...ser grande, simplesmente ser mulher.
Viver se dividindo em milhões de faces...
Para minha mãe, para minhas irmãs, para minhas amigas...para todas as mulheres que amo e admiro e para mim...Feliz Dia Internacional das Mulheres 8-3

sexta-feira, 6 de março de 2009

Meu cãozinho "Negrão"

Tinha patas grandes, olhar bravo...mas sorria com os olhos e nos cumprimentava como um verdadeiro lord...assim era o negrão...meu pastor belga de 19 anos, que esta manhã foi ao encontro de são Francisco, deixando muita saudade.
Sua diversão era morder uma garrafa pet até que ela ficasse totalmente amassada ou quando cansava de morde-la ficava raspando a mesma na parede de sua casa...sim, o negrão tinha uma casa de laje e três paredes...odiava telhados.
Era uma pantera negra...mas conosco um verdadeiro gatinho, sem ofensas...eu o amava e acho que jamais consegui expressar-me sobre isso, não estava ao seu lado no momento da sua partida e senti imensamente não poder ter segurado sua pata em seu momento mais doloroso, eu não estava lá.
O mundo passa e a saudade fica...dói...
Que nesse mundo novo você possa estar correndo feliz, sorrindo com os olhos, mostrando seu porte imponente mas como uma criança grande...não vou esquecer que você gostava de manga, de abacate, mas que trocava tudo por uma mexerica...rsr, nem que adorava sopa e faria tudo por um filisco de bolo.
Uma lâmbida e uma coçadinha pra você...vá em paz...amamos você.

quinta-feira, 5 de março de 2009

******

Desejei que o dia acabasse antes mesmo de começar...eu queria uma paz que hoje somente uma pessoa pode me oferecer. Me sinto confusa, a cabeça dói...o calor é intenso.
Sinto o coração apertado e vem uma vontade de chorar.
Tento achar motivos para o que talvez não tenha motivo...a alergia me consome...o som é irritante...

quarta-feira, 4 de março de 2009

esta noite

I always needed time on my own
I never thought I'd need you there when I cry
And the days feel like years when I'm alone
And the bed where you lie
Is made up on your side
When you walk away I count the steps that you take
Do you see how much I need you right now?
When you're gone
The pieces of my heart are missing you
When you're gone
The face I came to know is missing too
When you're gone
The words I need to hear to always get me through the day
And make it ok
I miss you
I've never felt this way before
Everything that I do
Reminds me of you
And the clothes you left lye on the floor
And they smell just like you
I love the things that you do
When you walk away I count the steps that you take
Do you see how much I need you right now?
When you're gone
The pieces of my heart are missing you
When you're gone
The face I came to know is missing too
When you're gone
The words I need to hear to always get me through the day
And make it ok
I miss you
We were made for each other
I'll keep forever
I know we were
Ohhhhh
All I ever wanted was for you to know
Everything I do I give my heart and soul
I can only breathe
I need to feel you here with me
yeah
When you're gone
The pieces of my heart are missing you
When you're gone
The face I came to know is missing too
When you're gone
The words I need to hear will always get me through the day
And make it ok
I miss you

uma vontade

dar uma olhadinha "para Francisco" me dá vontade de escrever...frágil...esse é o termo.
descobrimos do nada que somos mais frágeis do que muitos seres pequeninos, com defesas mínimas mas que nós temos mais medo deles do que eles de nós...e nossa fragilidade denuncia a vida...denuncia a nossa existência e o medo que temos de perder...de deixar ir...de sofrer...
é como se cortar...quando passamos a lâmina sobre a pele, sentimos apenas o gelado entrando na pele quente...dói e sempre que por esquecimento passamos pelo machucado, ele vai doer...não com a mesma intensidade do corte mas vai doer...mostrando nossos momentos de fraqueza e fragilidade diante de algo que seja muito maior do que possamos vencer.
talvez seja assim que eu esteja...frágil.

A janela preferida

Descobri hoje que tenho uma janela preferida...sim, a tal fica no canto esquerdo...é engraçado como gosto dos cantos do lado esquerdo, sempre prefiro eles.
Nessa minha janela (tomei como minha), tem várias plantinhas em vazos pequenos, elas parecem apertadas...e embora eu não consiga dizer que espécie ou tipo elas são, uma delas eu poderia reconhecer porque era uma das plantinhas que mais gostava de brincar para fazer comidinhas quando criança. Quando a gente quebra o galhinho dela, tem um perfume inconfundível...arruda. Hoje o seu perfume não me é tão divertido.
De qualquer forma o dia parecia mais animado que ontem, embora estivesse com os olhos doendo pelo que foi derramado em abundância ao travesseiro...alivia, conforta mas não nos leva a lugar algum.
Engraçado citar algo que me faça lembrar a infância...na tarde de ontem o assunto em pauta era a minha pessoa...indignante isso...odeio que façam isso...gosto de passar totalmente desapercebida pelas pessoas. Mas ontem não teve como.
Segundo o "mimi" preciso viver mais...pegar uma caixa grande e guardar minhas bonecas...que ridículo ele é...não me conhece, não sabe nada sobre mim e muito menos sobre a vida que levo fora do horário comercial pra me dizer tamanho absurdo. Não satisfeito em irritar-me pelo comentário, levou o assunto a pauta paralela de uma reunião...deixando-me muito, mas muito brava..."você é precoce"..."sua juventude me assusta"..."se impor é difícil quando se tem um rostinho de menina"...frases que ainda não conseguir digerir...para finalizar o dia fatídico marcado por TPM, trabalho não resolvido, assuntos que não dizem respeito a nenhum deles...chorar foi o que restou da noite...um sono que não compensou o dia turbulento...msgs não respondidas...medo...uma dúvida...perdi?...não sei...
As coisas são sempre assim? sonhamos alto demais? o tombo é sempre o mesmo???
Agora uma outra janela preferida me mostra uma paisagem árida, que não é convidativa...um sol intenso...mas um vento me convida carinhosamente...fecho os olhos...lembro da minha outra janela preferida e me arrisco ficando na ponta dos pés...sinto o vento passar por mim...

terça-feira, 3 de março de 2009

Cheiro de Relva

Sem perceber os corpos vão ocupando espaços no salão que não é grande...a solidão dos seres apenas vivos vai preenchendo aos poucos as dezenas de cadeiras espalhadas de modo a ajudá-los a se ver mas a não olhar para os outros.
A música que embala as almas deste lugar é melancólica e em dias de inverno ou de chuva, a paisagem só não é mais bucólica porque não há mais espaço para tantos destinos perdidos...as vezes é possível se ter a sensação de que as pessoas estão inertes porém suas mentes não estão neste ambiente...elas comem caladas, sufocando dentro de sí a certeza da solidão, a tristeza da falta de palavras, elas perguntam e elas mesmas respondem...elas observam e comentam...caladas.
Talvez chorem...talvez sorriam...mas em seus rostos há apenas um semblante...triste, vazio...
Uma bancada voltada para a janela é o mais alto ponto deste lugar...as pessoas se sentam sem perceber nem mesmo quem está ao lado...permanecem comendo seus alimentos da mesma forma com que chegaram...mudas...observam o nada através da sequência de vidraças que fazem moldura para a fachada do prédio vizinho...as vezes é deprimente, mas em muitas vezes é confortante...não sei explicar mas é calmo...como se alí fosse um refúgio onde se pode esconder-se, pensar, lembrar, rir de sí ou chorar por você mesmo.
Geralmente estamos presentes e ao mesmo tempo ausentes...o corpo ocupa o espaço mas os pensamentos...ah! os pensamentos...esses estão tão distantes que podem até nos assustar por nos levar tão longe.
O cheiro de relva é assim...uma montanha onde todos olham para o horizonte que sabem que jamais conseguirão alcançar...há dor, há choro, mas pode-se dizer que há um ar de alegria por se permitirem sonhar...alí como no anexo, as pessoas se protegem de sí mesmas...de seus pensamentos dolorosos, cheios de sonhos não realizados, de desejos não cumpridos e de cenas não vividas.