terça-feira, 21 de outubro de 2008

Nada mais a perder

A tristeza que me abate agora também me faz refletir na minha existência tão insignificante... hoje meus pés não conseguem tocar o chão, mas não por felicidade e sim porque me sinto cada vez menos pertencente a essa vida.
Ah! que coragem é essa que eu não tenho??
Vejo a paisagem que daqui de cima é tão linda e me pergunto porque não apenas guardar essa última imagem?? porque não deixar meu corpo flutuar no ar e não sentir dor nunca mais??
Percebo então que minha covardia vai além dos meus pensamentos...me sinto fraca e abandono meu plano de fugir para sempre de mim mesma.
Essa semana estou no anexo...
Posso sorrir, fingir estar bem e feliz e me recolher para cuidar dos meus machucados, que em dias como o de hoje estão abertos ao extremo e a dor me deixa confusa e me intriga com perguntas do tipo porque continuar se não há nada mais a perder? porque insistir em uma vida assim? porque suportar tanto sofrimento?
Perguntas que não tem nenhuma resposta, não há um porque, somente uma ilusão de que tudo irá passar.
O vazio agora toma conta por completo da minha vida, não há planos, não há ideais...deixo as coisas acontecerem, deixo fazer o que quiserem, sou um brinquedinho na mão das pessoas, elas me machucam, me matam aos poucos e sabem exatamente onde me ferir, como chegar ao meu ponto fraco e assim me destruir lentamente, talvez isso traga a elas algum prazer ou seja um teste...até onde consigo me levantar e caminhar novamente? até quando vou juntar os cacos da minha vida??
Jurei a mim mesma que nunca mais...quanto mais eu junto os pedaços, mais me corto com a porcelana fina que agora destruída não é capaz de ter nenhum valor, absolutamente nada.
Meus olhos agora me pregam uma peça e não me permitem mais conseguir escrever nem mesmo mais umas linhas, estão embaçados pela quantidade de lágrimas retidas...vou sair...