sábado, 25 de dezembro de 2010

pedi aos céus que atendessem meu desejo...

sábado, 4 de dezembro de 2010

a energia




a inquietude durou por bons longos três dias, mas a energia consumida era tanta que acabou por faltar, hoje pela manhã o sono já era tamanho que me faria querer esquecer que já estava na hora de levantar.

talvez como pré anuncio do que viria depois, acordei e desejei não abrir os olhos e muito menos retirar meu corpo da inércia.
olho da minha janela e todo aquele horizonte cheio de vida agora não vejo mais, a minha frente somente um muro cinza alto demais pra ser escalado e sem nenhuma recompensa do outro lado e assim voltei ao meu normal quando me dei conta de que desisti.
sim, eu desisti de atravessar o muro que até dois dias atrás parecia apenas uma pedrinha a ser pulada.
voltei pra casa, pro anexo...arrumei as gavetas, guardei os vestígios, apaguei imagens, redesenhei o mesmo caminho vazio.
estou novamente só tentando me apagar da vida das pessoas.
meus erros: ter nascido e não ter coragem pra colocar um fim a tudo isso.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Inquietude



tomada por uma urgência, um desejo de hoje, de viver as horas minuto a minuto, uma inquietude transbordante, uma energia que parecia transpor minha pele, um ritmo alucinógeno, uma sensação de que as imagens estão em câmera lenta e que eu precisaria correr o mundo inteiro até meu fôlego acabar, foi assim que acordei essa manhã, o sol ainda não tinha surgido e dentro de mim a vida pulsava querendo ser consumida.

levantei-me...deixei que a água caísse demasiadamente escorrendo por cada curva do meu corpo, uma sensação de prazer me envolvia, espalhava-se pelo corpo o cheiro doce...morango com champagne, eu me sentia no centro de um furacão, senti a alma se encher de uma felicidade que ultrapassava os limites.
o abismo me chamava e eu desejava cair só pra sentir o vento bater no meu corpo, um misto de calor e frio, um desejo...
me vesti para um bom dia e é como se tudo estivesse a meus pés.
meu desejo me consome, me dilacera, me absorve...
maquiei os olhos como se por eles pudesse expressar toda essa urgência de vida, a volúpia da minha vontade, do meu desejo.
eu quero...hoje...agora...