tem dias em que é assim, os olhos abrem, fazem força pra piscar e você se faz aquela pergunta: porque é que estou assim? sem entender carrega o dia como se fosse a única coisa que tivesse que fazer, carregar a sí mesmo sem que isso seja nada mais que uma obrigação.
uma tristeza infinita enche os olhos de lágrimas que mesmo que eu não permita insistem em cair e continuo me perguntando o porque e ai vou descobrindo que muita coisa me deixa triste, a fome, a miséria, a falta de saúde, a falta de humanidade e acima de tudo a falta de compaixão, e me sinto envergonhada de tanta tristeza. De fato J. tem razão quando me diz se não é feliz, faça algo, nem que seja se jogar da janela. Acho que por anos imaginei que isso dela eu jamais escutaria. E no fim o que dói não é o ouvir e sim saber que ela tem lá sua razão, mas desde que me entendo por gente sou assim, fraca, covarde comigo mesma e assim vou carregando a vida.
Quando vem um embate como o de hoje, sinto o mundo pesando na minha cabeça, quanta tristeza por uma doença silenciosa que chega aos poucos, debilitando, atrofiando...morrer consciente deve ser doloroso demais e eu pareço uma esponja...absorvo e muda me dilacero em mil pedaços ainda com vergonha da minha tristeza sem precedentes.
eu não queria que fosse assim.
queria não ser um peso na vida de quem me cerca, queria ser motivo de orgulho mas o fato é que mais uma vez alguém que já me disse isso tem razão...não sou nada pra ninguém e acho que no fundo e no fim das contas nem para mim mesma.
hoje brigo com o peso que não consigo perder, brigo com as roupas que vão deixando de servir e ficarem bonitas e com aquelas que nunca usarei porque meu bom senso diz que elas não foram feitas pra mim.
não há nada tão frustrante do que entrar numa loja querer uma coisa e ela simplesmente ficar péssima em você, porque o manequim para o qual ela está projetada e sendo vendida é a metade da pessoa que quer comprar.
outro dia passei em frente a uma loja que vendia roupas em tamanhos grandes (modo generoso de nos chamar) e ai na vitrine misturado aos manequins barris, fiquei horas me perguntando de quem seria tal idéia tão monstruosa e claro não encontrei uma resposta.
bom mas não era disso que eu ia escrever e sim dessa falta de vontade, desse jeito de quem um dia viu que era importante pra alguém e hoje não é mais nem pra sí mesma.
sim, é assim que eu me sinto vergonhosamente.
sentimos falta das pessoas ou pelo menos eu sinto, mas tenho certeza de que eu não faria falta pra ninguém.
uma tristeza infinita enche os olhos de lágrimas que mesmo que eu não permita insistem em cair e continuo me perguntando o porque e ai vou descobrindo que muita coisa me deixa triste, a fome, a miséria, a falta de saúde, a falta de humanidade e acima de tudo a falta de compaixão, e me sinto envergonhada de tanta tristeza. De fato J. tem razão quando me diz se não é feliz, faça algo, nem que seja se jogar da janela. Acho que por anos imaginei que isso dela eu jamais escutaria. E no fim o que dói não é o ouvir e sim saber que ela tem lá sua razão, mas desde que me entendo por gente sou assim, fraca, covarde comigo mesma e assim vou carregando a vida.
Quando vem um embate como o de hoje, sinto o mundo pesando na minha cabeça, quanta tristeza por uma doença silenciosa que chega aos poucos, debilitando, atrofiando...morrer consciente deve ser doloroso demais e eu pareço uma esponja...absorvo e muda me dilacero em mil pedaços ainda com vergonha da minha tristeza sem precedentes.
eu não queria que fosse assim.
queria não ser um peso na vida de quem me cerca, queria ser motivo de orgulho mas o fato é que mais uma vez alguém que já me disse isso tem razão...não sou nada pra ninguém e acho que no fundo e no fim das contas nem para mim mesma.
hoje brigo com o peso que não consigo perder, brigo com as roupas que vão deixando de servir e ficarem bonitas e com aquelas que nunca usarei porque meu bom senso diz que elas não foram feitas pra mim.
não há nada tão frustrante do que entrar numa loja querer uma coisa e ela simplesmente ficar péssima em você, porque o manequim para o qual ela está projetada e sendo vendida é a metade da pessoa que quer comprar.
outro dia passei em frente a uma loja que vendia roupas em tamanhos grandes (modo generoso de nos chamar) e ai na vitrine misturado aos manequins barris, fiquei horas me perguntando de quem seria tal idéia tão monstruosa e claro não encontrei uma resposta.
bom mas não era disso que eu ia escrever e sim dessa falta de vontade, desse jeito de quem um dia viu que era importante pra alguém e hoje não é mais nem pra sí mesma.
sim, é assim que eu me sinto vergonhosamente.
sentimos falta das pessoas ou pelo menos eu sinto, mas tenho certeza de que eu não faria falta pra ninguém.