Abri os olhos e sem querer acreditar vi que o relógio já marcava 5h40...as pálpebras pesavam e não restava dúvidas, o remédio ainda surtia efeito.
Fechei-os novamente...voltei a abri-los quando a doce música de Bjork me despertou para um novo começo. Era preciso ficar de pé, abrir a porta e sair do meu mundo protegido, meus medos e receios teriam que ficar.
Levantei, olhei e tive vontade de contar as gotas de água que saiam do chuveiro, mas desisti.
Me vesti basicamente e saí para o que seria o meu novo dia.
Assim mais um dia começava e eu tentava me concentrar no que Adeline me dizia...sua história me emociona, me tira do eixo, me entristece, mas não posso mais abandona-la.
Se eu pudesse queria te contar sobre minhas mais novas aquisições...três.
Essa manhã ao arrumar minhas coisas no escritório...olhei na estante, senti falta de Ricardo mas tenho certeza de que L. está cuidando bem dele e por um instante tive vontade de visitar um romance russo, mas achei que Adeline ficaria chateada e também desisti da idéia.
Mal posso esperar pelo meu primeiro amor, meninos da rua paulo e história do pranto...ah! quantas emoções.
Hoje as coisas se fundem na minha cabeça, a vontade de falar com F. só aumenta, mas...
O dia passa e o meu corpo vai saindo lentamente do topor provocado pelos remédios...nos meus braços duas picadinhas vermelhas ainda estão doloridas...vai passar...tudo sempre acaba;