terça-feira, 3 de junho de 2008

Ricardito

Ah! eu não quero me despedir de Ricardo e nem da menina Má, Otilia agora...rs
Ricardo temia que ao voltar de sua viagem, ele não a encontrasse, imaginou durante dias a sua carta de despedida, ela o deixaria de novo? não suportaria mais aquela vida pequeno-burguesa parisiense?
Para a surpresa do bom menino, ela estava lá, aflita e só para ele. Após longos abraços e beijos demorados e seu corpo totalmente colado ao de Ricardo, ela lhe confessa que agora sabe o que é felicidade.
Ele parecia não acreditar no que ouvia e movido pelo seu desejo em ter a menina Má só pra ele, repetia breguices como ela chamava todas as suas declarações de amor, enquanto a tomava para aquele momento tão mágico.

Ela o levava para o que ele queria, o sentimento de deitar-se a beira do abismo. Irreal? Não na vida do interprete Ricardo.
Entre beijos, carícias, malícias...Ricardo e a menina Má viravam um só.
Será que vai encontrá-la depois da próxima viagem? Será que vai estar a espera como desta vez.
Queria tanto que sim, queria que fosse exatamente assim.
Como quem espera seu melhor presente, seu maior premio, sua razão para estar vivo, justificando cada suicídio não cometido, cada palavra de desespero.
Nada mais importava...ela estava alí, em seus braços, sua pele.
Morreria por ela, mataria por ela, mas acima de tudo viveria por ela cada segundo.