um frio corria por debaixo da porta, a claridade vinha dizer que um novo dia trazendo uma nova semana começava.
eu respirei fundo e quis não ver nada disso, mas algo me empurrava para fora da proteção que meus cobertores me faziam.
levantei querendo que o mundo parasse pra que eu pudesse ali ficar.
olhei as minhas lembranças passando como em um telão a minha frente e me perguntei não sobrou nada daqueles dias? nem mesmo o carinho por uma amizade recém começada? acho que não.
ultimamente imploro por um "oi" e me mantenho em pé.
tenho chorado menos, ou melhor tenho demonstrado menos como me sinto.
pamelor me mantém sem dor e nisso isola quase todos os meus reflexos, embora eu os sinta de uma outra forma, bastante intensos dentro de mim mas escondidos, bem quietos de forma a não importunar quem não merece ser importunado, de alguma forma isso me tranquiliza.
e a dor, ah! a dor é quase inexistente.
a tristeza me consome mas eu quase não consigo chorar e pelo contrário consigo sorrir, brincar e enganar a mim mesma sobre o tempo que eu vejo que passa e eu não dou um passo adiante sequer.
me apego a qualquer que seja o motivo para me sentir um pouco melhor.
observo as manhãs frias desejando poder ficar apenas olhando pro céu a contar nuvens e possíveis gotas de chuvas muito mais lentas e serenas do que no verão.
da minha janela observo uma cidade que se movimenta, vejo o balanço das árvores e sinto a liberdade que o vento nos oferece.
percebo como ele é leve ao atravessar meu corpo, mesmo sem ser uma silueta com esbeltez.
é preciso respirar fundo, piscar até que as lágrimas não caiam e abrir a porta esperando por um novo dia e alguma conquista.
desejar o impossível apostando em uma vitória que por mais otimista que possa ser, saberei que não virá.
recolho os pedaços, tento formar um mosaíco mas nem sempre é o que consigo.
e vou aprendendo que as coisas são assim, não posso me apegar ao novo simplesmente porque tenho medo, por menor que seja o tombo ele sempre te machuca, sempre sobra alguns pedaços que não saberemos colar de novo.
e me sinto cansada de cola-los, por isso me despeço e os jogo fora e quase sempre me esqueço que os machucados expostos doem muito mais.
a exaustão me bate e "pamelor" me tira fora do ar...preciso dormir ou melhor fechar os olhos e apenas não sentir.
boa noite!
eu respirei fundo e quis não ver nada disso, mas algo me empurrava para fora da proteção que meus cobertores me faziam.
levantei querendo que o mundo parasse pra que eu pudesse ali ficar.
olhei as minhas lembranças passando como em um telão a minha frente e me perguntei não sobrou nada daqueles dias? nem mesmo o carinho por uma amizade recém começada? acho que não.
ultimamente imploro por um "oi" e me mantenho em pé.
tenho chorado menos, ou melhor tenho demonstrado menos como me sinto.
pamelor me mantém sem dor e nisso isola quase todos os meus reflexos, embora eu os sinta de uma outra forma, bastante intensos dentro de mim mas escondidos, bem quietos de forma a não importunar quem não merece ser importunado, de alguma forma isso me tranquiliza.
e a dor, ah! a dor é quase inexistente.
a tristeza me consome mas eu quase não consigo chorar e pelo contrário consigo sorrir, brincar e enganar a mim mesma sobre o tempo que eu vejo que passa e eu não dou um passo adiante sequer.
me apego a qualquer que seja o motivo para me sentir um pouco melhor.
observo as manhãs frias desejando poder ficar apenas olhando pro céu a contar nuvens e possíveis gotas de chuvas muito mais lentas e serenas do que no verão.
da minha janela observo uma cidade que se movimenta, vejo o balanço das árvores e sinto a liberdade que o vento nos oferece.
percebo como ele é leve ao atravessar meu corpo, mesmo sem ser uma silueta com esbeltez.
é preciso respirar fundo, piscar até que as lágrimas não caiam e abrir a porta esperando por um novo dia e alguma conquista.
desejar o impossível apostando em uma vitória que por mais otimista que possa ser, saberei que não virá.
recolho os pedaços, tento formar um mosaíco mas nem sempre é o que consigo.
e vou aprendendo que as coisas são assim, não posso me apegar ao novo simplesmente porque tenho medo, por menor que seja o tombo ele sempre te machuca, sempre sobra alguns pedaços que não saberemos colar de novo.
e me sinto cansada de cola-los, por isso me despeço e os jogo fora e quase sempre me esqueço que os machucados expostos doem muito mais.
a exaustão me bate e "pamelor" me tira fora do ar...preciso dormir ou melhor fechar os olhos e apenas não sentir.
boa noite!