É tão engraçado como me sinto agora. Antônio está partindo, ficará na minha estante com os meus eleitos, e os eleitos de Antônio também.
Estará dividindo as atenções com Goethe, Alvares e como todos os poemas dolorosos, extremamente barrocos, dramáticos e que tanto me agradam.
Antônio irá deixar um vazio, seus devaneios me encantam, seu amor me transporta. E cada vez mais me questiono onde estão os "Antônios"???
Eles não existem, ou se existiram, foi apenas em um período distante do qual eu não pertenci para conhece-los.
O morcego está indo embora, Diana foi embora. E o amor dos dois? Diana abriu mão de seu amor, em troca da sua liberdade e da segurança de sua família?
Será sempre assim? amar demais, para acabar dilacerado e partido?
Antônio lutou tanto por Diana, sofreu imensamente por ela, é justo acabar sem ela?????
Mas o que é justo? Eu não estou aqui e meu amor...a diferença é que Diana resistiu, mas também amou Antônio. E eu só fiquei com os sofrimentos, o meu amor nunca foi meu, nunca me amou.
Triste?
Não. Apenas consequências de coisas que não sabemos porque somos os escolhidos.
No fim chegamos a conclusão de que não somos donos de nossas vontades e que ser feliz não é algo constante e muito menos para todos.
Porque somos escolhidos? não sei.
Mas as vezes me pego a pensar, haveria uma forma de ser diferente? Acho que não.
A vida é assim e assim será.
Só mais uma observação...Antônio faria um belo par com Isabel, a menina das lágrimas, frágil.