quinta-feira, 17 de abril de 2008

Antônio

Antônio está no fundo do poço pelo amor de Diana e Sophia é capaz de tudo para tê-lo. Não conhece regras, leis. Mas não percebe que ela é tudo o que Antônio odeia.

É engrançado como o que Antônio vive parece real.
As vezes, quase sempre, é assim que a maior parte das pessoas agem, lutam inescrupulosamente para ter o que desejam. Assim como Antônio, o sofrimento me bate, mas não sou capaz de nenhuma guerra pra conseguir o que quero. Um dia quis que isso fosse entendido, mas o que ganhei foi uma guerra gratuita, onde só eu perdi, só eu chorei, somente eu cuidei de meus ferimentos.
Fazer o que? amar não é para todos os seres, apenas os "especiais" são aceitos.
Os que não pertencem a este mundo estão condenados a lutar com o nada.

Foi assim que me senti doze anos depois, quando meu segredo foi revelado e meus sonhos destruídos.
Sim, porque foi o que fizeram questão de fazer, como se não fosse o suficiente apenas rejeitar meu amor, mas sim me fazer sofrer por cada segundo do meu sentimento.
É como se fosse preciso arranca-lo de dentro do outro.

Antônio conta de forma nobre, aquilo que todos os não eleitos setem.
E quando achamos que as feridas estão fechadas e que podemos nos erguer, tem sempre alguém que nos faz lembra quem somos de verdade, e assim nos empurrar no abismo.

Sim, isso mesmo.

E não adiantaria sentir falta, morrer. Não haverá quem se importe.