segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

vermelho como o céu


era preciso respirar fundo pra entender o que se passava...um misto de dor e prazer tomava conta do meu corpo, eu sentia você me tocar, o beijo era lento, doce, calmo, porém me tirava de órbita.

sua boca percorria todos os caminhos da minha pele, desenhando como tatuagem cada centímetro dos tecidos que me compõem.

inebriada por um desejo de urgência, a vida girava em seus braços e abraços...de olhos bem fechados eu deixaria que você percorresse minha alma com a ponta dos dedos e mesmo sem te olhar eu sabia que você sorria o sorriso mais lindo do mundo iluminando tudo que o corpo em suas mãos respondia.

você se divertia com o desespero que me causava e me apertava junto ao seu corpo como se fosse possível fugir.

os beijos eram ávidos porém era preciso transformar o tempo em eternidade para tanto desejo.

as luzes eram amareladas pelo tempo, os vitrais ficaram embaçados pelo calor e formavam um prisma lindo pelo efeito da claridade que me encantava ao cobrir os vidros coloridos.

a chuva começava a cair do lado e um frescor viria a percorrer os corpos.

não precisávamos de palavras pra descrever a beleza da imagem que se formava, não seriam preciso justificativas plausíveis pra dizer porque o dia amanhecia em estado de profunda graça e calmaria.

o sol gélido jamais tinha amanhecido banhado de tanto calor e doçura.
éramos um e amanhecíamos pra um novo dia.

bom dia anjo doce!