sábado, 16 de janeiro de 2010

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A manhã se abria e o sol banhava nossos corpos. O dia insistia em nos tirar daquele momento que nenhuma palavra era necessária.
Correndo entraram no vagão do trem, se olharam, sorriram...ela arrumou os cabelos, ele chegou perto, roçou-lhe os lábios em agradecimento daquela manhã. Sorrindo ela encolheu-se em seus braços e assim o dia começava.
Um topor de prazer ainda era possível de ser sentindo naquele instante. O desejo era uma ordem.
Suas mãos entrelaçadas aos cabelos ainda causavam uma sensação de calor e proteção.
Engraçado se sentir protegida ao mesmo tempo que totalmente frágil entregue aquele corpo que a abraçava com força e vontade, com ternura e calor.
Eu me perdia propositalmente para que você me achasse, eu contava os passos que me levavam até você, eu buscava no vazio por uma ausência ocupada.
Sim, o espaço ocupado ainda era claramente percebido e vivenciado.
A noite era fria e dormir era uma forma de esquecer e assim foi até aquela manhã.
Eu dormi pra esquecer.